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Com garra, Leão de Nova Iguaçu supera desafios e faz bom desfile na Intendente Magalhães

Por Júlia Fernandes

Na madrugada desta terça-feira, o Leão de Nova Iguaçu atravessou a Avenida Intendente Magalhães com imponência, reafirmando sua identidade e sua força na Série Prata. Com o enredo “O Grande Obá”, a escola trouxe para a pista um desfile carregado de simbolismo, exaltando Xangô na figura de Aganjú e suas conexões com o sincretismo de São Jerônimo.

Comissão de Frente
A comissão de frente foi um verdadeiro convite para adentrar o universo místico do enredo. Com coreografias dinâmicas e uma plástica envolvente, os componentes encarnaram a força de Aganjú, demonstrando sua coragem e sabedoria. A coreografia, assinada por Maicon Teixeira, soube traduzir com maestria a essência do enredo em movimentos marcantes. Durante a apresentação, houve uma troca de figurinos, o que adicionou um elemento surpresa ao desfile. No entanto, a execução não foi perfeita: algumas roupas da comissão caíram e a sincronização dos componentes não foi uniforme, o que comprometeu parte da apresentação.

Casal de mestre-sala e porta-bandeira
Ângelo Virtude e Sued Monteiro brilharam sob os holofotes, conduzindo com graça e respeito o pavilhão da escola. O casal demonstrou uma conexão forte e carisma inquestionável, o que encantou o público e os jurados. Sued, com um figurino majestoso, evocava a realeza africana, enquanto Ângelo dançava com leveza e precisão. No entanto, o chapéu da porta-bandeira caiu no meio da evolução, o que pode impactar na nota do casal.

Harmonia
A comunidade do Leão de Nova Iguaçu mostrou que canta com alma, mas sua participação poderia ter sido mais intensa. O samba-enredo ecoou forte na Intendente Magalhães, mas em alguns momentos, percebeu-se que a escola cantou pouco, o que pode comprometer a avaliação geral. Ainda assim, o coro dos componentes e do público ajudou a sustentar o desfile.

Evolução
O Leão atravessou a avenida sem percalços, mantendo uma evolução fluida e bem distribuída. Os componentes demonstraram organização e empolgação, sem deixar buracos ou problemas de espaçamento. O entrosamento entre as alas e a bateria foi essencial para que a escola passasse com garra, sem comprometer a apresentação. No entanto, observou-se que as alas eram pequenas, o que impactou a grandiosidade visual do desfile.

Outros Destaques
A bateria, sob o comando de Mestre Nilson Simões, foi um dos pontos altos do desfile. Com cadência e pegada envolvente, os ritmistas incendiaram a avenida, impulsionados pela energia contagiante da rainha Índia Zurich e do rei de bateria Anderson Reis, que deram um verdadeiro show de samba no pé. Apesar disso, a bateria desfilou com fantasias simples, mas se destacou pela organização e sincronia impecáveis.

As musas Nininha Tavares, Kelly Christina, Helen dos Santos e Andressa Fonseca esbanjaram simpatia e brilho, incorporando a essência do enredo em suas fantasias e evolução.

Os carros alegóricos, assinados pelo carnavalesco Leno Vidal, deixaram a desejar em termos de grandiosidade e acabamento. Simples e com detalhes mal finalizados, as alegorias não conseguiram impactar tanto visualmente.

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