A Acadêmicos do Tatuapé reuniu seus segmentos, na Fábrica do Samba, para registrar o samba-enredo que vai embalar o Carnaval 2026. O clima era de sintonia e orgulho coletivo. Sob a voz marcante de Celsinho Mody, a direção musical de Tchelo, o comando da bateria de mestre Cassiano Andrade e a gestão do presidente Erivelton Coelho, a escola confirmou o que já se esperava: um trabalho construído com emoção, técnica e profundo envolvimento da comunidade. O intérprete Celsinho Mody destacou ao CARNAVALESCO a energia contagiante que marcou a gravação.
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“A energia positiva continua no estúdio. O arranjo foi muito bem trabalhado, e tudo começou ainda na fase de junção dos sambas, quando chegamos a um grande resultado. É um samba coeso, homogêneo e muito bonito”, afirmou.
Ele ressaltou o papel coletivo na construção da obra, que contou com nomes como mestre Cassiano, Caio Sena, Léo Gomes, Chocolate e André Ricardo.
“Sempre buscamos valorizar muito as cordas, o cavaco, o violão e, neste enredo, a sanfona também se fez necessária, pois a letra pedia esse elemento. Esse arranjo foi construído com muito cuidado e união”.

Para Celsinho, o samba é um acerto da diretoria e carrega uma mensagem que ultrapassa o desfile.
“É um tema que toca profundamente o meu coração. Além da seriedade histórica, o ponto mais importante é a mensagem de esperança de construir uma nação melhor, valorizando o trabalhador da terra e o fruto que ela nos oferece”.
O intérprete também fez questão de reconhecer a estrutura da Liga-SP durante as gravações.
“Gravar aqui é um prazer. Existe um carinho e um respeito imensos. O profissionalismo da equipe é exemplar. São Paulo está consolidando um sistema que fará história”.

Inovação e emoção na batida do Tatuapé
O diretor musical Tchelo contou que o grupo buscou uma introdução diferente para gerar empolgação logo no início.
“Neste ano, preparamos uma largada com grande participação da comunidade. Em seguida vem o samba característico do Tatuapé: alegre, vibrante e potente”.
Segundo ele, o momento mais forte está reservado para o final. “A parte final é muito emocionante. É justamente o trecho em que faremos o apagão para o público cantar. A comunidade já está ensaiando com entusiasmo, e acredito que vai emocionar de verdade”.

Tchelo ressaltou que a escola pensa o samba a partir de sua própria identidade. “A estrutura do nosso samba, às vezes, difere das demais escolas. Buscamos sempre algo que tenha a cara do Tatuapé: alegria, energia e emoção. É isso que faz o público cantar com intensidade”.
O diretor também valorizou a presença feminina na gravação. “As vozes femininas seguem com papel fundamental. Elas são muito importantes e acredito que irão surpreender”.

Sincronia e respeito à obra
O comando da bateria Azul e Branco está novamente nas mãos de mestre Cassiano Andrade, que exaltou o preparo e a sintonia entre os ritmistas.
“Nos preparamos bastante. Já chegamos à gravação com tudo muito estruturado: arranjos, apagões e bossas alinhadas à melodia. A prioridade é o samba, não apenas a bateria. Trabalhamos sempre pensando nos componentes e na escola”.

Cassiano destacou o equilíbrio entre técnica e emoção. “Os refrãos são ótimos, mas as partes de desenvolvimento do enredo também têm força. Gosto muito dos trechos em que entram as bossas. É quando conseguimos expressar o que queremos transmitir com a melodia e o ritmo”.

Orgulho e profissionalismo
Para o presidente Erivelton Coelho, o resultado é motivo de grande satisfação. “É um motivo de muito orgulho. Isso comprova que temos uma equipe concentrada, competente e comprometida. Saímos daqui com o sentimento de dever cumprido e de muita satisfação. Agora é seguir com a preparação para oferecer um grande espetáculo”.

Ele também enalteceu a evolução da Liga-SP. “Desde a gestão do presidente Sidnei e agora com o presidente Tomate, o trabalho vem crescendo. O Carnaval de São Paulo está mais profissional, organizado e motivo de orgulho. O nível de qualidade que alcançamos hoje emociona quem vive essa festa há muitos anos”.
Um samba com alma
A gravação do samba-enredo do Tatuapé para 2026 reforça o DNA da escola: emoção, união e respeito à sua comunidade. A obra traduz não só o enredo que exaltará o trabalhador da terra, mas também a esperança de um futuro melhor — um sentimento que, como o próprio samba, pulsa forte no coração do Anhembi.









