Uma nova Imperatriz. Com a volta do carnavalesco Leandro Vieira e as mudanças internas da escola, a Imperatriz Leopoldinense resgatou o apoio da comunidade da região da Leopoldina, do Complexo do Alemão e voltou ao protagonismo do carnaval carioca. Em entrevista ao site CARNAVALESCO, componentes da agremiação, desde nomes históricos como Chiquinho a novos integrantes, mostraram confiança na atual fase da Rainha de Ramos. O clima na comunidade é de favoritismo.
O grandioso Chiquinho, ex-mestre-sala da Rainha de Ramos e filho de Maria Helena, falou sobre a volta do carnavalesco Leandro Vieira e o sonho do título para a Imperatriz Leopoldinense.
“O Leandro é um retorno. Ele era nosso, saiu para fazer a vida dele e agora retornou para a Imperatriz. A gente, humildemente e respeitando todas as outras agremiações, voltamos a lutar pelo grande título, que é o sonho da Leopoldinense”, disse Chiquinho.
Para Chiquinho, o clima da comunidade da Leopoldina é o melhor desde o último título da escola de samba, há 22 anos atrás. Segundo ele, graças à presidente da agremiação, o ex-mestre-sala também falou como foi a expectativa de entrar na Avenida e lembrou da mãe, Maria Helena, que foi um dos grandes nomes da escola e do carnaval carioca.
“O clima é sim o melhor aqui na comunidade. Nos últimos anos, a Imperatriz, principalmente com a nova direção – a nossa presidente Cátia Drummond – está fazendo um grande trabalho não só dentro da escola, mas dentro da comunidade. Isso elevou o espírito de campeã da Imperatriz Leopoldinense. A expectativa para quarta-feira está muito grande. Foi maior para entrar na Avenida, porque eu sempre entrava com a minha mãe, Maria Helena, mas ela está aqui em nosso coração. Vamos partir para dentro. Imperatriz Leopoldinense, Complexo do Alemão e região da Leopoldina na garra”, contou.
Atuando em comissões de frente há 29 anos, o militar Jamerson Oliveira desfilou na Imperatriz entre 1996 e 2007. Para ele, a comunidade abraçou a escola, tornando a Imperatriz protagonista deste Carnaval – relembrando os antigos tempos da Certinha de Ramos.
“O gostinho é maravilhoso. Para mim é um gosto muito especial, porque eu conheço a Imperatriz desde jovem. A Imperatriz sempre foi uma potência. Hoje a Imperatriz está voltando do jeito que está, sendo protagonista do carnaval. Para mim, particularmente, essa minha volta está sendo maravilhosa. A comunidade está muito maravilhosa, muito vibrante e daquela forma antiga. É daí para melhor. A comunidade está feliz, veio para brincar carnaval e a gente agradece muito a diretoria por resgatar esse clima e essa comunidade forte que a Imperatriz tem no carnaval”, comentou Janderson.
Ele também acredita que a agremiação vive o seu melhor momento desde o título de 2001. Janderson, confiante, acredita que a abertura de envelopes na quarta-feira de cinzas mostrará um bom resultado para a Imperatriz Leopoldinense.
“O clima está o mesmo desde o último título, até mais forte. A comunidade voltou a ficar confiante – confia na diretoria e nela mesma. Ocorreram alguns reforços e algumas mudanças, mas a comunidade está muito confiante e veio para mostrar um bom carnaval. A expectativa é muito grande para a abertura de envelopes. Como eu falei, a Imperatriz veio para mostrar um belo carnaval, com alegria, um carnaval bem folião. Creio que esses envelopes mostraram um bom resultado, porque a Imperatriz merece isso”, contou o integrante da comissão de frente da escola de samba.
Até mesmo para quem esteve presente no tricampeonato da escola, o clima é de favoritismo. Luciano de Souza Cruz, professor de 44 anos, componente da ala “cordelistas” e desfilante da Imperatriz Leopoldinense há 25 anos, crê que o clima é de vitória.
“É o gostinho de ter participado do tricampeonato. Eu estive lá em 1999, 2000 e 2001. Ter essa sensação de que a escola é favorita ao título, ainda mais completando 25 anos desfilando, que para mim é mais do que um presente. O clima na comunidade é o mais forte. A comunidade está mais inserida na escola e mais participativa. Também acho que o fator renovação, com Cátia Drummond no comando, traz uma vitalidade que a escola estava precisando. Eu só aceito notas dez no envelope (risos). Sem desmerecer as coirmãs”, revelou Luciano.
Vanderson Oliveira da Silva, de 27 anos, é outro veterano da escola de samba. Ele desfila na Rainha de Ramos há 23 anos e contou que a mudança geral na escola, segundo ele, trouxe a comunidade de volta para a agremiação.
“É muito bom. Vou dizer para você que essa mudança geral da nossa presidência e do nosso carnavalesco contribuiu muito. A comunidade voltou – o Complexo do Alemão voltou – e a escola está abraçada. A escola está se abraçando e pulsando. A Imperatriz conseguiu mostrar a força da comunidade de Ramos e da zona da Leopoldina. Se Deus quiser, vamos buscar essa próxima estrela para o nosso pavilhão. É o melhor clima desde o último título. É impressionante quando o Pitty grita, porque arrepia. Quando a bateria começa, a sensação é de como se fosse a minha primeira vez. Esse ano é muito especial”, destacou o componente da Imperatriz Leopoldinense.