A Mocidade Independente atravessava um momento difícil, sem poder contar com o apoio da família Andrade, e, ao mesmo tempo, precisava fazer bonito no desfile.
O carnavalesco Renato Lage foi convidado a almoçar com o presidente José Roberto Tenório para trocar ideias sobre o enredo, que ainda não tinha nome, mas objetivava resgatar a autoestima dos componentes.
De um lado, Renato vibrava com as suas propostas; do outro, Tenório não parava de se lamentar sobre os obstáculos enfrentados por sua administração – e o pior deles, sem dúvida, era a falta de dinheiro.
O carnavalesco pediu licença para ir ao banheiro e o presidente foi atrás, chorando mais dificuldades. Lá dentro, com os ouvidos transbordando de lamúrias, Renato desabafou:
– Padre Miguel, olhai por nós!
Zé Roberto vibrou, eufórico:
-É isso aí! É o nome do enredo!
E foi mesmo. Carnaval de 1995, quarto lugar.
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