No ano de 2025, o intérprete Celsinho Mody completou 10 anos nos Acadêmicos do Tatuapé. Em termos de longevidade à frente de um carro de som de uma escola de samba em São Paulo, o cantor só fica atrás de Ernesto Teixeira, dos Gaviões da Fiel. Dentro de um mundo do carnaval em que a “dança das cadeiras” entre os profissionais é intensa, esse feito é para ser bastante comemorado. O amor da comunidade pelo cantor é enorme dentro da quadra — e é recíproco. Celsinho dá tudo de si na ala musical e sempre busca inovar com o carro de som. No dia da definição da ordem dos desfiles, o cantor conversou com o CARNAVALESCO e falou sobre como é estar mais um ano à frente da agremiação da Zona Leste e sobre a busca pelo melhor desempenho do carro de som.

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Foto: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

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Lisonjeado por defender a escola e um tema importante para 2026

Celsinho se diz honrado em defender a Tatuapé por tantos anos e estar presente nos momentos de glória da agremiação. O cantor também exaltou o enredo que a Zona Leste levará para o Anhembi e prometeu fazer o melhor carnaval da sua vida.

“Para mim, é uma honra defender uma comunidade tão verdadeira, que luta para fazer uns aos outros felizes. É uma comunidade que trabalha e se dedica muito. Teve um período muito grande de momentos ruins, mas agora está vivendo anos de glória, alcançando bons resultados no carnaval, e eu tenho a honra de participar desse período que a escola conquistou. Minha voz representa muitas pessoas. Vou para o décimo primeiro ano com um tema maravilhoso e que me representa, onde o objetivo é pensar em todos. É um enredo muito sério e necessário para o Brasil e para o mundo. Pode ter certeza de que eu vou fazer o melhor carnaval da minha vida”, declarou.

Novidades introduzidas no carro de som e trabalho feito com amor

O cantor falou sobre a seriedade do trabalho no carro de som e dos professores que teve ao longo da trajetória.

“Eu sempre digo que o carro de som dos Acadêmicos do Tatuapé vem trazendo novidades durante esses 10 anos. A gente propõe sempre uma nova forma de fazer um trabalho ancestral. Interpretar samba-enredo é um negócio de pai para filho. Eu sou aluno do Ernesto, Jamelão, Neguinho da Beija-Flor, Royce do Cavaco, Agnaldo Amaral, Carlos Júnior e de tantos outros que, se eu for esticar, posso acabar desonrando nomes que passaram por mim. É um legado que a gente traz com muita seriedade”, contou.

Ainda dentro da ala musical, Mody entrou na parte técnica. O intérprete ressaltou que a escola implementou novidades no carnaval de São Paulo, sendo tudo feito com amor e carinho para a comunidade. Celsinho também se lembrou de Sté Oliveira, recém-contratada pela Mocidade Unida da Mooca como cantora oficial, e que é oriunda da ala musical da Tatuapé.

“Nós introduzimos no carnaval de São Paulo o solo de cordas com o canto da comunidade. Temos muitas vozes femininas igualadas aos homens, com força efetiva, além de cantarmos de uma forma africana: com bastante balanço e força da comunidade. Nós trabalhamos demais a técnica, mas também com muito amor. Essa receita tem dado certo. Tivemos agora a Sté Oliveira, que saiu da nossa ala musical e virou intérprete oficial. Ela era meu braço direito, assim como o time inteiro. Todos os outros também têm condições de se tornarem cantores oficiais”, disse.

Empolgado com o novo mestre de bateria

Agora com um novo parceiro musical, Celsinho Mody deseja tudo de melhor para Cassiano Andrade, que irá estrear como mestre da Qualidade Especial no Carnaval de 2026.

“Eu tenho respeito por todos os mestres que trabalharam comigo na Tatuapé — o mestre Higor e o Léo Cupim. Desejo toda a felicidade para o mestre Cassiano. É um amigo, tocou na minha banda, gravamos juntos, é um cara que eu tenho muito respeito e desejo toda sorte. Espero que ele seja vitorioso, como todos os mestres que passaram, e que coloque todo o conhecimento que ele tem. É um dos maiores músicos do Brasil”, concluiu.