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Celsinho Mody celebra 10 anos no Tatuapé e reflete sobre legado musical, inovação e parceria com a escola

Há dez anos, Celsinho Mody se tornou a voz que conduz multidões nos desfiles da Acadêmicos do Tatuapé. Com energia contagiante e dedicação inabalável, o intérprete não só consolidou seu nome como um ícone do carnaval paulistano, mas também ajudou a reinventar a identidade musical da escola. Em entrevista ao CARNAVALESCO, ele celebra uma trajetória marcada por inovação, parceria com a comunidade e gratidão.

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Foto; Fábio Martins/CARNAVALESCO

Identidade no samba

Celsinho destaca que seu maior orgulho é o legado construído ao lado da escola. “Inserimos uma forma de cordas no carnaval de São Paulo, resgatamos o canto feminino no carro de som e trouxemos uma africanização na maneira de entoar o samba, que chamamos de ‘Afro ala’”, explica. Atualmente, três vozes femininas — Keilla Regina, Sté Oliveira e Vanessa Demetria — se juntam a ele, reforçando a diversidade sonora.

O intérprete também enfatiza a conexão com a comunidade: “Tenho prazer em viver com amor e felicidade aqui. Neste ano, em cada ensaio, recebi presentes simbólicos que encheram meu coração”.

Equipe musical de excelência

Na reta final para o Carnaval 2025, a ala musical da Tatuapé se destaca não só pelas vozes, mas pela estrutura técnica. Sob direção de Ana Nascimento e coordenação de Marcelo “Tchello”, o grupo conta com instrumentistas renomados, como Caio Senna (cavaco) e Kleber Souza (violão de 6 cordas), além de um carro de som que equilibra potência e nitidez. “É essencial para que a emoção chegue a todos”, ressalta Celsinho.

Memórias emocionantes

Questionado sobre momentos marcantes, o cantor cita três capítulos: o reencontro com a escola em 2016, após uma década afastado; o título de 2017; e a recente homenagem à Bahia, que teve o samba aclamado “de ponta a ponta” pela arquibancada. “Se pudesse reviver um deles, escolheria ‘Maranhão’”, revela, referindo-se ao enredo de 2020, que celebrou a cultura do estado.

Parceria com a siretoria: base do sucesso

A sintonia com a diretoria é apontada por Celsinho como um pilar do sucesso. “Eles bancam minhas ‘loucuras’ e respeitam meu jeito de cantar e me expressar”, brinca. Segundo ele, a experiência administrativa da equipe — aliada à liberdade artística — mantém a Tatuapé entre as grandes escolas do carnaval. “São parceiros que entendem de música e gestão, e isso faz toda a diferença”.

Futuro e a gratidão

Enquanto se prepara para 2025, Celsinho não esconde a emoção: “Sou funcionário da escola, mas trabalho com alma. Representar a Tatuapé é uma honra”. E finaliza, filosófico: “O futuro está nas mãos de Deus, mas até aqui, só tenho gratidão”.

Com uma década de histórias e inovações, Celsinho Mody e a Acadêmicos do Tatuapé seguem provando que, no samba, tradição e ousadia caminham de mãos dadas — sempre ao som do coração da comunidade.

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