Ao final do desfile, a Viradouro trouxe um sexto carro com a representação de Rosa Maria Egipcíaca santificada abençoando um casal de mestre-sala e porta-bandeira com o pavilhão da escola. Segundo a pesquisa de Luiz Mott, a homenageada profetizou que viraria enredo de uma escola de samba. Esta alegoria é a aclamação dela como Rosa Mística do Brasil.
Na frente do carro, estava escrito o nome da agremiação com botões de rosas amarelas, brancas e vermelhas. Predominantemente rosa, uma coroa dourada tomava conta da maior parte da alegoria com um botão da flor no meio da estrutura. Os baluartes vieram com o traje padrão sentados na base do carro. Já as outras pessoas da composição vieram como “Rosas do Jardim Celestial”.
Realizando seu sonho de desfilar na Sapucaí, Carol Philipsen, de 44 anos, ficou empolgada ao ver a sua fantasia e o carro. Ela veio de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, para sair pela Viradouro.
“Eu amei a fantasia. Eu estou sentindo uma empolgação. A emoção de ver o carro foi enorme. Eu não imaginava que ele era tão grande e tão lindo com tantas flores”, relatou a gaúcha.
Sua amiga, a engenheira civil Luciana Nunes, de 45 anos, também estreou na Avenida este ano. Acostumada a ver o desfile pelo camarote, desta vez trocou de lugar para ter essa nova experiência.
“Esse carro é lindo. Quando eu fui provar a fantasia, eu o vi pela primeira vez e já deu uma emoção diferente. Ele é lindíssimo e a fantasia também. Espero que sábado que vem a gente esteja novamente aqui”, projetou a engenheira.
A fantasia das integrantes da alegoria tinha uma cabeça de penas rosadas e o vestido branco era preenchido por rosas roxas, rosas, brancas e alaranjadas. O visual era complementado por fitas na cabeça e nas bainhas. As componentes disseram que a fantasia era leve e confortável.
“O carro é maravilhoso e representa exatamente a nossa escola, o brilho da nossa escola. É uma emoção poder fazer parte de um espetáculo maravilhoso. É a emoção de poder defender a nossa escola. É uma emoção muito grande. É muito importante para nós que fazemos parte da escola completarmos esse processo”, comentou Andreia Ladislau, de 48 anos, em seu nono ano de vermelho e branco.
Em cima da rosa central do carro, um casal de mestre-sala e porta-bandeira dançou sob as mãos bentas de santa aclamada. Como destaque central, esteve a ativista e empreendedora antirracista Luana Génot representando o “Legado de Rosa Maria Egipcíaca”.