Cartola, o cantor que fez da Mangueira um poema e transformou a dor em melodia, é celebrado no ‘Balaio GloboNews’ que vai ao ar neste sábado, dia 6, às 19h30. Dono de versos que atravessaram gerações, como “As rosas não falam”, ele permanece vivo na memória e na música brasileira, 45 anos após a sua morte. A apresentadora Bete Pacheco visita a quadra da Estação Primeira de Mangueira e o Museu do Samba para relembrar histórias de um Brasil que ficou no passado, mas segue pulsando na cultura.

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Foto; Divulgação/GloboNres

Nascido Angenor de Oliveira, em 1908, Cartola foi o primogênito de oito irmãos. Cresceu no Catete, viveu parte da infância em Laranjeiras, onde nasceu sua paixão pelo Fluminense, e encontrou no Morro da Mangueira sua verdadeira identidade. Sugeriu as cores verde e rosa da escola e compôs o primeiro samba em sua homenagem. Com poesia genuína e arranjos sofisticados, conquistou admiradores ilustres, como o maestro Villa-Lobos, e se tornou um dos maiores nomes da música brasileira.

Bete conversa com a cantora Alcione, também mangueirense, com quem Cartola gravou em estúdio pela última vez. “Eu tive esse privilégio, essa sorte de ver Seu Cartola tocando, conversando. Um mestre, um lorde, um poeta. Tudo ao mesmo tempo. Sempre permanecerá vivo!”, ressalta.

O programa também relembra histórias de clássicos como “Alvorada”, parceria de Cartola com Hermínio Bello de Carvalho. Hermínio reforça a genialidade do artista: “‘As rosas não falam, simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam de ti’. Gênio! Basta esse verso para qualificá-lo como um gênio, um poeta maravilhoso. Esse era o Cartola!”, afirma.

Já Nilcemar Nogueira, neta de Cartola e de Dona Zica, destaca a importância do legado do avô. “O nome Estação Primeira de Mangueira e as cores verde e rosa foi ele que deu”, conta.