Os carnavalescos das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro estão pretando homenagens para a carnavalesca Rosa Magalhães, que faleceu na noite de quinta-feira, vítima de um infarto. Veja abaixto os textos.
Leandro Vieira, carnavalesco da Imperatriz
“É triste saber que a professora de toda a minha geração de carnavalescos partiu. É doloroso pensar que a artista que inspirou todos nós a sermos como somos, nos deixou. Referência do ofício, Rosa Magalhães define algo que, sem a sua história na folia, não poderia ser definido. Sua trajetória, obra e vocação definem a invenção de uma profissão. Seu nome é o verbete que explica o que faz quem realiza aquilo que ela fez. Rosa é a inspiração dos carnavalescos que ficam, incluindo, os que virão. Sobra lamento e falta palavra pra dar conta de sua partida”.
Jack Vasconcelos, carnavalesco do Paraíso do Tuiuti
“Hoje se foi a razão do rumo que minha vida tomou. Essa foto é da minha turma na Escola de Belas Artes na UFRJ. Ela só existe por causa de uma deusa chamada Rosa Magalhães. Essa foto é só um pedacinho da minha gratidão. Tenho incontáveis motivos para ser inteiro gratidão, mas, nesse momento, perdi o norte da minha bússola. Obrigado, professora, por tantas belezas e alegrias. Porém, hoje não vai dar pra ser feliz. Sempre serei um “nobre francês com girassóis” da sua corte”.
João Vitor, carnavalesco da Beija-Flor
“Te amarei para sempre! Obrigado por me permitir fazer parte do seu belo jardim. Descanse em paz, minha eterna amiga e parceira”.
Tarcísio Zanon, carnavalesco da Viradouro
“Coração partido. Nossa amada Rosa se foi. Fica o legado de uma grande artista. Pra sempre professora! Pra sempre campeã! Pra sempre ícone do nosso Carnaval”.
Sidnei França, carnavalesco da Mangueira
“Talvez minha primeira aula carnavalesca tenha sido Salgueiro 1990 (Sou Amigo do Rei). Lembro-me com 10 anos, assombrado em frente a TV. Jamais fui o mesmo. Em seguida, Rua do Ouvidor. Logo, Sassarico do Marquês. Catarina, Jegue. Leopoldina meu ápice! Rosa encapsulou os anos 1990”.
André Rodrigues, carnavalesco da Portela
“Há uma sensação real de orfandade. É uma loucura isso. Parece um equilíbrio em uma única perna, a uma altura muito grande. Falta onde colocar o pé e não tem onde. De repente todos os desfiles ficaram mais longe no tempo do que sempre estiveram. Estamos no Nada. Não da pra saber onde se começa a viver momentos tão confusos como este. Tristeza, homenagem e agradecimento. Não da pra ter dimensão. Tudo fica muito inalcançável”.
Antônio Gonzaga, carnavalesco da Portela
“Rosa me fez ser carnavalesco. O Antônio de 6 anos se apaixonou por cana caiana, se encantou com a forma de contas histórias, de propor visuais, de reinterpretar o mundo. Rosa é a maior carnavalesco que esse carnaval já despertou pro universo. Não fui amigo, não convivi, mas Rosa sempre me foi um norte do que eu imaginava sobre a vida: acreditar nas histórias, na poética, na arte. O carnaval não morre, pois quem o faz é imortal. Rosa, obrigado”.