Por Eduardo Fonseca
Após o belo desfile o vice campeonato com o Cubango na Série A em 2019, os carnavalescos Leonardo Bora e Gabriel Haddad prometem na Grande Rio uma estética com a marca da dupla, ou seja, o trabalho mais manual e artesanal. Afinal, a tricolor de Duque de Caxias, nestes 31 anos já teve Roberto Szanieck, Joãozinho 30, Cahê e Renato e Márcia Lage.
“A Grande Rio é uma escola muito absorvente e jovem. Durante a negociação conversamos e não houve resistência em usar nossa estética. Tudo é fruto do trabalho manual e detalhista. Pensarmos numa produção grandiosa. A diferença de estrutura entre o Acesso e Especial só potencializa esse desejo de algo grandioso”, frisou Leonardo Bora.
A respeito do julgamento do Especial, em que na maior parte do tempo as escolas usam e abusam do luxo, os carnavalescos ressaltaram que é preciso acreditar no trabalho.
“Nós apostamos em nosso trabalho. Se não acreditarmos em nosso trabalho quem vai acreditar?”, indagou Bora.
Sobre a estreia no Grupo Especial, os artistas estão tranquilos, focados e com pés no chão para realizar mais um trabalho elogiado pela crítica. A dupla vai manter a pegada de levar temas culturais para a Sapucaí.
“Temos de ter os pés no chão como tivemos no Acesso com o Sossego, Cubango e Santa Marta. O nosso trabalho é muito focado para a cultura popular. É voltado numa fala de Brasil”, ratificou Gabriel Haddad.
O trabalho da dupla está sendo respaldado pela diretoria. Como a escola fez na década de 90 com os enredos “Águas claras para um rei negro” em 1992, “No mundo da lua” e “Na era dos Felipes o Brasil era espanhol.
“Quando a gente foi contatado a vontade da diretoria era resgatar e dar “um banho de cultura” como na década de 90″ completou Gabriel Haddad.
A Grande Rio será a quinta escola a desfilar no domingo 23 de fevereiro com o enredo “Tata Londirá: o Canto do Caboclo no Quilombo de Caxias”.