Definido pelo próprio carnavalesco da Beija-Flor, Alexandre Louzada, como “lugar de fala” do enredo que enalteceu toda a intelectualidade negra e suas grandes contribuições para a humanidade, André Rodrigues, braço direito do artista na Deusa da Passarela no desfile de 2022 e agora sua dupla assinando o Carnaval de 2023, também se destacou pelo trabalho solo na Série Ouro com o Acadêmicos do Sossego, que terminou na sexta colocação, melhor resultado da história da agremiação de Niterói.
Sobre o trabalho de 2022, André valoriza o resultado e tudo aquilo que o desfile significou e pode significar para a Beija-Flor a partir de agora. “Esse vice campeonato significa muita coisa para a Beija-Flor, significa um orgulho, significa um resgate, tem muitos significados assim. Para mim eu nem sei como mensurar, mas para a escola tem significados muito bons, principalmente orgulho, de fazer um carnaval que é a cara dela”.
E, por fim, o artista também se disse feliz com a propagação da grande mensagem que o enredo pretendia trazer para a sociedade, ainda que entenda que haja muito ainda para se falar sobre o assunto e para se aprender com o desfile de 2022 da Beija-Flor.
“Sobre a mensagem do enredo, acho que a Beija-Flor conseguiu passar muita coisa. Eu sinto que nem todo mundo conseguiu pegar tudo que ela apresentou, mas acho que com o tempo a gente vai conseguir olhar com mais carinho para esse desfile, com mais atenção sobre as importâncias de algumas pessoas que estavam, debates que estavam sendo abertos aqui, levantados. O principal recado que precisava ser dado era a escola se apropriar do discurso e isso foi feito, isso independente de qualquer leitura do que a gente pretendia. Escola de samba é muito maior que qualquer entendimento intelectual, porque nós já somos a nossa própria intelectualidade”, analisa o artista.
