João Arruda é um dos 14 sortudos que vai participar do Carnaval Wall. O passista, que ama carnaval desde criança, contou ao site CARNAVALESCO que ainda criança levava o CD da Liga-SP com os sambas-enredo para as festas de carnaval na escola e nas reuniões de família. Ele acredita que o reality pode ajudar na valorização artística do carnaval de São Paulo e está ansioso para iniciar o game. Confira a seguir o bate-papo com o passista.
– O que representa participar do primeiro reality show do carnaval?
“Participar do reality é um novo início pra valorização artística do carnaval de São Paulo. Sinto que somos movidos, e me incluo nisso, a cargos ou fama se analisarmos rapidamente, e é difícil chegar lá com o pouco que temos em vários aspectos. Os que fizeram história, continuam fazendo, e o espaço é árduo de ser conquistado, alcançado. A visibilidade e valorização nem sempre são minimamente dadas quando possível, é notório… É iniciar um outro lado, que chega para agregar, movimentar esse meio e encaixar outro nicho e dar mais espaço pra todos”.
– O que o público pode esperar da sua participação no programa?
“O Jota que é maluco pela escola de coração, mas berra os hinos das outras co-irmãs. Que gosta de conhecer sem julgar, mas sabe impor seus interesses ou respeito caso atropelem. E, também aquele que está sempre de olho na oportunidade, mesmo que se adapte rapidamente ao ambiente, aquele que você pode adorar encontrar na arquibancada ou não, depende do dia. Geminiano com orgulho (risos)”.
– Sem desfile em fevereiro e os ensaios o programa pode amenizar essa saudade dos sambistas?
“Com certeza! Já parou pra pensar quanto assunto e curtição nas festas? Eu me inscrevi por isto também! Todos vão se identificar, eu não espero menos que isso do público, e mesmo se não tivesse sido selecionado eu seria um assíduo espectador, mais que no BBB”.
– Conte sua história com o carnaval, seu primeiro desfile e o que já fez.
“O João é a criança que levava o CD da Liga pra festa de carnaval na escolinha, que colocava os sambas nas festas de família sem nunca ter ido numa quadra, até os 9 anos de idade. Até que a escola fez uma festa no final do ano letivo e eu entrei sambando com mais uns dois coleguinhas e minha mãe, que já adorava, entendeu o recado de vez e começou a deixar eu frequentar a quadra do Barroca com meus primos Vera e Baguelé. Ensaiei no Barroca, desfilei no Vale Encantado pisando a primeira vez no Anhembi. Mas como o coração sempre fala mais alto no ano seguinte minha mãe começou a me levar pro Vai-Vai ai já viu né… Me tornei bebê de tia Cleuzi, da ala das crianças, meu primeiro desfile em 2006, fui passista mirim, depois ala coreografada, cheguei a ter uma passagem como preparador de elenco e sigo como integrante de comissão de frente ou passista sempre à disposição da minha escola, e já são 15 anos de puro amor, dedicação e devoção! Todo meu currículo artístico foi feito através da vivência, experiência e aprendizado dentro do carnaval me levando a conquistar algumas coisas primeiro os laços amistosos que chegam até ser familiares dentro do samba e então o prêmio de Passista de Ouro da UESP e a minha primeira viagem internacional”.
– O que pretende fazer com o prêmio de R$ 5 mil caso vença o reality?
“Confesso que estou indeciso entre gastar no Cruzeiro, pagar as continhas ou guardar pra curtir o carnaval 2022 na freela da pista (risos)”.