kaka wall

Kaká Morena é uma das escolhidas para participar da primeira edição do reality show Carnaval Wall. A rainha trans acredita que sua participação no programa será muito importante porque além de representar o mundo do samba, traz a representatividade para o público LGBTQI+. O site CARNAVALESCO conversou com Kaká, que já foi passista e musa e, que mesmo hoje, com a fama, ainda precisa lutar contra o preconceito e os preconceituosos.

O que representa participar do primeiro reality show do carnaval?

“Participar do primeiro reality show do carnaval é uma imensa satisfação. Além de representar a comunidade do carnaval, o povo do samba, eu ainda venho pra representar a minha comunidade LGBTQI+, especificamente as trans. Infelizmente, mesmo no mundo do carnaval, ainda é muito escasso, muito curta a oportunidade pra termos mais mulheres trans em cargos de extrema importância no mundo do carnaval, dentro de uma escola de samba, como rainhas, musas, passistas, destaques. Temos, mas muito, muito pouco. Então a importância desse programa é gigantesca”.

O que o público pode esperar da sua participação no programa?

“O que o público pode esperar da minha participação no programa é muita alegria, muita diversão, uma alegria incrível. Competitividade, com certeza, podem esperar, estou indo pra jogar mesmo! Podem ter certeza que não vai faltar adrenalina”.

Sem desfile em fevereiro e os ensaios o programa pode amenizar essa saudade dos sambistas?

“Sem desfile, sem ensaio, o programa vai trazer um diferencial nesse momento de pandemia que estamos passando. A energia do povo do samba é muito grande, muito forte e isso, com certeza, nós vamos mostrar na casa. Vamos mostrar todo esse astral que o carnaval nos traz pra dar um diferencial, tanto para quem está no programa quanto para quem vai estar assistindo. Acredito que a energia vai ser fundamental, a alegrai do nosso povo do carnaval, vai ser fantástica”.

Conte sua história com o carnaval? Seu primeiro desfile e o que já fez.

“Minha história no carnaval começa no Imperador do Ipiranga, desfilando em ala. Depois sigo pra Unidos do Peruche, onde fui a primeira passista trans aceita pela escola. Participei por três anos da ala de passistas da Unidos do Peruche e foi maravilhoso. Em seguida fui pra Dragões da Real, já no Especial, onde me tornei também a primeira passista trans da Dragões da Real, foi incrível, foram três anos e ao mesmo tempo me torno musa da Imperador do Ipiranga, escola do Grupo de Acesso. Três anos depois como musa, me torno rainha trans da escola. Me tornei primeira rainha trans da Imperador do Ipiranga, sendo a segunda rainha trans do carnaval de São Paulo. Venho aos poucos fazendo esse trabalho, buscando oportunidades primeiro como passista, musa e rainha driblando os pré-conceitos e os preconceituosos, que ainda encontramos muito no carnaval. Por incrível que pareça, temos muitos. Fiquei como rainha durante dois anos, maravilhosos e hoje respirando um pouquinho antes de assinar com outra escola. Vamos viver essa mágica que é o reality show do carnaval que é o Carnaval Wall, maravilhoso”.

O que pretende fazer com o prêmio de R$ 5 mil caso vença o reality?

“Pretendo investir. Sou uma pequena empresária, tenho um salão de beleza e pretendo investir nesse projeto. É um prêmio que vai ajudar muito, no momento que estamos agora”.

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