Carlinhos Salgueiro, diretor de passistas do Salgueiro e um dos coreógrafos mais renomados do carnaval carioca, fará uma maratona de desfiles esse ano. Além de passar na Sapucaí pela sua escola do coração, ele ainda será enredo do Bloco Raízes da Tijuca e virá como destaque da última alegoria na Inocentes de Belfod Roxo, escola que desfila pela Série Ouro do Rio de Janeiro.
“Vou confessar que nunca tive um carnaval tão intenso como esse, mas meu amor a festa e a arte me dão energia para cruzar a Sapucaí quantas vezes for preciso”, comentou o coreógrafo da Ala Maculelê e Passistas do Salgueiro.
A jornada do dançarino começa na sexta-feira de carnaval na Caçulinha da Baixada, onde o performer virá na alegoria que fechará o desfile da escola, acompanhado de mulheres sambistas de diversos países como Argentina, Canadá, Austrália, Suécia, França, México, Polônia, Peru, Colômbia e Estados Unidos.
“Estas meninas que vem no carro comigo fazem parte do meu projeto Samba Diva, que é um método que desenvolvi para ensinar mulheres a sambar e se tornarem divas no carnaval. No último ano visitei vários países fazendo workshops de samba e pude trazer algumas comigo para viverem a magia da Sapucaí”, comentou Carlinhos que promete muita alegria e movimento no carro que representa o trem da Central do Brasil.
O próximo encontro de Carlinhos com o público da Marquês de Sapucaí será no domingo de carnaval quando ele cruzará a passarela do samba pelo Salgueiro, representando um personagem muito importante no enredo que faz um clamar por respeito aos povos originários e destacando o legado dos Yanomami, e promete causar frisson na Avenida.
“O Salgueiro tem um dos melhores sambas deste ano e poder cantar e coreografar os passistas e ala maculelê é poder também me conectar com nossa história e nossos ancestrais”, conta o coreógrafo.
E o último dia de maratona de Carlinhos será o mais emocionante de todos. O bloco carnavalesco Raízes da Tijuca homenageará o artista através do enredo “Carlinhos, o Rei do Salgueiro”, que mostrará sua infância, a devoção a Xangô e Oxum, além do seu amor pelas quadrilhas e claro, pelo Salgueiro, escola que o acolheu e o transformou como artista.
“Toda vez que penso nesta homenagem tenho vontade de chorar, é muita emoção pensar que minha trajetória será cantada num desfile. Eu quero ser inspiração para a nova geração e quero que eles se inspirem nas minhas lutas e vitórias”, se emociona Carlinhos.