O Camisa Verde e Branco permaneceu no Grupo Especial do carnaval de São Paulo, fato que não acontecia desde 2005 e 2006, depois teve passagem no Especial em 2008 e 2012, mas não permaneceu no Especial. O Trevo, nove vezes campeão do Grupo Especial, é um dos pavilhões mais pesados do carnaval de São Paulo e mira um projeto mais ousado após superar dez anos consecutivos no Acesso I.

O vice-presidente e diretor de carnaval, João Victor Ferro, é um dos símbolos da reconstrução do Camisa Verde e Branco, com uma família de grandes raízes na agremiação, atualmente sua mãe, Erica Ferro é a presidente e a irmã Sophia Ferro é a rainha de bateria, todos crias da agremiação da Barra Funda e frutos da retomada no Grupo Especial.

Em entrevista para o site CARNAVALESCO, João Ferro falou sobre o momento de felicidade da comunidade: “É um sentimento de felicidade. A escola ficou muitos anos no Grupo de Acesso, vinha de diversos problemas aí anos anteriores. Então conseguimos estabilizar a escola. Para a gente foi um prazer, uma felicidade, e agora estamos trabalhando para alcançar novos voos. A realidade é essa, a escola subiu, conseguimos se manter, agora a briga é outra. Estamos trabalhando, de forma organizada, quietinho, para fazer as coisas acontecer, e se Deus quiser vai dar certo”.

Fotos: Fábio Martins/CARNAVALESCO

O Camisa Verde e Branco esteve disputando nota a nota contra o rebaixamento para o Acesso e escapou nas últimas notas, ficando no 12º lugar. O objetivo da escola era pés no chão, foco era justamente na permanência no Grupo Especial após tanto tempo sem disputar a elite do carnaval paulistano.

Mas para o carnaval de 2025, o foco é diferente, João frisou que é mais ousado e relatou sobre as mudanças que a escola passou em quesitos como de carnavalesco e casal: “Todas as mudanças foram para continuar mantendo a escola organizada, é o que falei, hoje o projeto é outro, tínhamos um projeto de se manter no grupo, agora o projeto é um pouco mais ousado. As mudanças foram por conta disso, outras nem tanto, ciclos que apenas se encerraram né. Mas a escola continua com a amizade com os profissionais que passaram pela escola. É tudo para poder encaixar em uma linhagem de projeto e acredito que está dando certo já, vocês vão ter algumas novidades nas próximas semanas”.

O Camisa Verde e Branco terá o carnavalesco Cahê Rodrigues, que é carioca, mas trabalhou no Vai-Vai em São Paulo, e aposta no casal Everson Sena e Lyssandra Grooters. Foram duas mudanças nos quesitos, além de renovar com Mestre Jeyson, o intérprete Igor Vianna e o coreógrafo Luiz Romero.

Sobre o enredo, Cazuza, o vice-presidente, ressaltou: “Para mim é muito difícil falar, é um enredo forte, é um enredo imponente, graças a Deus um enredo que a escola abraçou, a escola gostou muito. Temos uma proposta de horário para o desfile, que é fechar uma das noites de desfile, então assim, o pensamento, sentimento, tem a proposta, é positivo cara, vamos embora”.

Neste sábado, dia 09 de junho, o Camisa Verde e Branco lança oficialmente o enredo em homenagem a Cazuza. O vice-presidente e diretor de carnaval, João Victor Ferro, convidou toda a comunidade e o povo do samba para o evento que acontecerá na Fábrica do Samba.

“Convidando novamente toda a comunidade verde e branco, a família do samba, do carnaval de São Paulo, para poder prestigiar o nosso evento. O enredo já foi lançado, mas estaremos lançando a logo oficial do enredo, vai ter a presença da Lucinha, mãe do Cazuza, de alguns convidados da Lucinha, enfim, é uma noite para podermos festejar o momento que a escola está vivendo né. Depois de tantos anos ter ficado no Grupo Especial, a escola merece esse presente, uma festa para poder comemorar, confraternizar entre componentes da escola, e os familiares do nosso homenageado”.

Cazuza é o enredo do Camisa Verde e Branco para o Carnaval 2025

O Camisa Verde e Branco será a última escola a desfilar na sexta-feira, dia 28 de fevereiro, e era alvo da escola, fechar uma das noites de desfiles.