André Bonatte seguirá à frente da direção de carnaval da Imperatriz Leopoldinense para o próximo desfile, quando a escola levará à Marquês de Sapucaí o enredo “Camaleônico”, uma homenagem ao cantor Ney Matogrosso. Ao CARNAVALESCO, ele falou sobre o que aprendeu com o desfile de 2025, o trabalho ao lado de Leandro Vieira e a convivência com a presidente Cátia Drumond.

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bonatte imperatriz
Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO

O diretor reconheceu que, em 2025, alguns pequenos problemas afastaram a escola do título, mas ressaltou a importância de compreender os pontos que precisam ser aprimorados para evitar falhas no próximo carnaval.

“Acho que a gente sempre pensa em melhorar. O reflexo é olhar para aquilo que não foi tão bem e consertar. O que foi positivo, vamos consolidar. O trabalho é esse. Sempre me espelho muito, e acho que uma narrativa importante é a de olhar para a gente mesmo e também para quem venceu. O que a Beija-Flor teve que eu não tive? É natural fazermos esse tipo de questionamento”.

Bonatte destacou a perda de décimos nas fantasias, apesar dos testes realizados previamente, e afirmou que a atenção a esse quesito será redobrada.

“Vamos intensificar o cuidado com as fantasias. Tem coisas que só acontecem depois que a gente faz a curva (na avenida). É óbvio que aquelas fantasias foram testadas no barracão. Os passistas que foram despontuados sambaram com aquela fantasia. As baianas rodaram com aquela fantasia. Mas na avenida, tudo depende do momento. O primeiro passo é olhar com muito mais cuidado para as fantasias”.

Sobre as justificativas das notas no quesito samba-enredo, o diretor admitiu não ter compreendido totalmente os critérios dos jurados, mas elogiou o modelo adotado pela Imperatriz nos últimos anos.

“No samba-enredo, confesso que ainda não entendi muito bem a justificativa dos jurados, mas respeito: a nota está dada. Acredito que a Imperatriz encontrou uma fórmula muito boa de samba, que funciona tanto para contar o enredo quanto para proporcionar um desfile vibrante”.

Bonatte também falou sobre a parceria com Leandro Vieira e a divisão de responsabilidades no barracão, destacando a sintonia entre os profissionais.

“O Leandro consegue gerir a parte da direção de carnaval com muita competência. Em algumas escolas, há uma divisão maior entre essas áreas, mas na Imperatriz há uma intersecção muito grande. Não existe “isso é meu” ou “isso é teu”. É tudo nosso. Ele conduz questões que me deixam tranquilo, porque sei que ele gerencia muito bem cronogramas, entregas, fantasias. Ele cobra dos ateliês, trabalha com as equipes. Eu digo que o trabalho se torna até fácil porque ele nos dá muito suporte”.

Por fim, Bonatte fez questão de elogiar a presidente Cátia Drumond, ressaltando seu conhecimento técnico e sua atuação participativa no dia a dia da escola.

“A Cátia, além de estar há muitos anos na escola, sempre teve um papel ativo. Trabalhou muito tempo no barracão, na parte de compras e na gestão junto com o pai. Eu digo que ela tem uma autoridade sem ser autoritária é uma autoridade que vem do conhecimento. Quando ela fala, a gente obedece, não por ser presidente, mas porque ela entende muito do assunto. Todo o processo é muito democrático. Ela ouve todo mundo, e já houve situações em que foi voto vencido. Ela mesma disse: ‘Se a equipe acha que esse é o caminho, estou com a equipe'”.