Por Ana Júlia Agra
O Boi da Ilha levou à Intendente Magalhães, na madrugada da última terça-feira, pela Série Prata, um samba-enredo que homenageava o Quinho do Salgueiro e revisitava a vida do icônico intérprete e sua trajetória no carnaval. João Oliveira e Duda Martins, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, sofreram com o vento, tendo alguns problemas na apresentação perante os jurados. Já na evolução, a escola precisou acelerar, mas não foi suficiente para que não estourasse o tempo regulamentar.
Comissão de frente
Sob o comando dos coreógrafos Wania Magalhães e Carla Soares, a comissão de frente do Boi da Ilha apresentou uma coreografia ritmada e envolvente, que trouxe componentes vestidos de boi e sincronizando com alguns versos do samba-enredo: “Eu sou o Quinho/ sou da Ilha/ sou Salgueiro/ Orgulho/ nasci boiadeiro”. Nas fantasias predominavam o vermelho.
Mestre-sala e porta-bandeira
João Oliveira e Duda Martins apresentaram uma dança cadenciada, com movimentos leves e muito carisma. O casal mostrou conexão com o enredo e entre si. A coreografia foi bem executada, entretanto, faltou vigor, além dos problemas enfrentados devido ao vento, que fez com que a bandeira acabasse enrolando e sendo puxada pela porta-bandeira para esticá-la novamente, em frente aos três primeiros módulos julgadores.
Harmonia e samba
Os componentes e o público presente entoaram o samba-enredo com animação e paixão. O intérprete Nino do Milênio conduziu de forma satisfatória o samba envolvente. A bateria, comandada pelo mestre Maurício Santos, passou pela Passarela Popular do Samba empolgando os foliões, com direito a paradonas, agogô presente e pura cadência.
Evolução
A escola passou com carros alegóricos grandiosos, componentes bem fantasiados, com destaque para a ala de baianas que homenageava o samba “Explode Coração” do Salgueiro. A agremiação precisou acelerar, ainda assim estourou em um minuto e onze segundos o tempo regulamentar, contudo não tirou o brilho do belo desfile apresentado.