Após dez anos, a Morada do Samba vai voltar a falar da fé brasileira, mas agora sobre uma perspectiva histórica. No nosso próximo carnaval, a escola, atual bicampeã do Grupo Especial de São Paulo, abordará a história dos patuás e dos objetos religiosos que fazem parte da cultura brasileira, como os terços, balangandãs e guias. Veja abaixo a publicação da escola.

“Uma história da diáspora negra, que tem como ponto de partida um objeto chamado “bolsa de mandinga”, introduzido no Brasil Colonial por negros africanos islamizados. O pequeno objeto guardava orações do alcorão e se tornou sinônimo de proteção para os escravizados. Porém, quem fazia posse desse tipo de objeto era perseguido pela inquisição portuguesa e acusado de “mandinga” e “feitiçaria”.

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Dos povos islâmicos até as baianas da Mocidade Alegre, vamos contar mais uma das muitas páginas do nosso sincretismo religioso e das recriações dos povos africanos em meio à diáspora. Queremos passar uma mensagem de fé e resistência contra o racismo e a intolerância religiosa.

Mão erguida, envolta de tantos amuletos. Motivo de orgulho. Lembrança ancestral. Irmandade de preto. Macumba que fazemos na Avenida. Afinal, quem não pode com mandinga não carrega patuá”.

Pesquisa e concepção do enredo: Leonardo Antan
Carnavalescos: Caio Araújo e Jorge Silveira
Elenco: Augusto Santos, Ana Clara Gaspar, Egydio, Glória, Lara Passos, Li Bombom e Rosana Silva
Voz: Jessica Americo
Edição: Edson Guidoni
Captação Vídeo: Clayton João
Assistente Técnico: Gabriel Naka
Agradecimentos: Fábrica de Cultura Brasilândia
Identidade Visual: Rodrigo Cardoso