Confiante na missão que chamou de “empretecer o pensamento”, a Beija-Flor de Nilópolis cruzou a Marquês de Sapucaí neste domingo, em seu ensaio técnico para o Carnaval de 2022, homenageando diversas personalidades pretas importantes para a história da azul e branca, das escolas de samba do Rio de Janeiro e para o Brasil.

Fotos: Eduardo Hollanda/Divulgação Beija-Flor

Diretores da agremiação entraram na Avenida vestindo camisas produzidas especialmente para o treino e estampadas com os rostos de figuras como Tia Ciata, Dona Zica, Jamelão, Paulo da Portela, Fernando Pinto, Ney Vianna e Jorge Lafond, entre outros. Monarco, baluarte portelense, e Maria Helena, porta-bandeira da Imperatriz Leopoldinense, perdas recentes para o mundo do samba, também foram lembrados na Avenida. Houve ainda menção a Laíla, eterno diretor de carnaval da “Deusa da Pasarela”, lembrado especialmente durante o ensaio na camisa vestida por Gabriel David, hoje diretor de marketing da Liesa.

A iniciativa é parte das ações que a Beija-Flor têm promovido em prol da exaltação, do respeito e da memória da intelectualidade e da cultura negra do Brasil. As iniciativas estão inseridas no enredo “Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor”, que será apresentado ao público do Sambódromo em abril — com uma “palhinha” neste domingo.

“Entendemos que seria importante trazer essas pessoas para a Sapucaí de alguma maneira nesse ensaio, o primeiro que fazemos no “templo do samba” depois dos adiamentos do Carnaval. Tínhamos que exaltar cada um deles com o samba, que cura as dores das perdas e cicatriza as memórias. Vão ser lembrados eternamente pelo povo da Beija-Flor”, explica Almir Reis, presidente da escola e idealizador do tributo.

A Beija-Flor será a sexta e última escola a se apresentar em direção à Apoteose no dia 23 de abril, sábado. O enredo é desenvolvido pelo carnavalesco Alexandre Louzada, em busca do 15º campeonato da história da agremiação.

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