A Viradouro realizou na noite da última sexta-feira o seu ensaio de bateria no setor 11 do Sambódromo. Sob comando de mestre Ciça, os ritmistas da “Furacão Vermelho e Branco” estiveram presentes, além da rainha Erika Januza, o intérrprete Wander Pires, a equipe do carro de som, integrantes da harmonia, o segundo casal Thiaguinho Mendonça e Amanda Poblete, passistas, e algumas alas da agremiação. O primeiro casal, Julinho e Rute e a coreógrafa Priscila Mota também compareceram a Sapucaí para assistir ao ensaio.

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“Psicologicamente é bom, porque nós estamos no campo do jogo, é uma motivação a mais para o componente, e eu tive a bateria quase na sua totalidade, e é difícil, às vezes, achar esse momento. É importante proque a gente tem umas coisas para corrigir ainda, é um momento para a gente ver o que está faltando, o que pode para melhorar. Mas o importante, é o clima em si, de carnaval, olha quantas pessoas estão aqui, isso motiva a gente. Já tenho as bossas prontas, as coreografias também estão. Vamos só colocar em prática aqui, o que vamos realizar no dia do desfile”, comentou Ciça ao CARNAVALESCO antes do ensaio começar.

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Fotos: Matheus Morais/CARNAVALESCO

Wander Pires falou sobre a importância do esnaio de bateria também para o carro de som a escola e para a agremiação como um todo.

“É muito importante para sentir como é que a gente está, como a escola está, como está a bateria, o carro de som, qual é a função do samba, como é que ele está funcionando. Está maravilhosamente bem, acho que é um pontapé, um grande espelho”, comentou o intérprete.

Dudu Falcão, um dos diretores da escola, citou como o ensaio na Sapucaí é importante para a escola em especial para a ala musical.

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“A Viradouro já ensaia muito, o ensaio de rua a gente já tem muito uma sensação do que é o real, do que dá pra fazer, mas é inegável que existe uma energia diferente toda vez que vem para Sapucaí. Trazer parte da escola, principalmente a sua parte musical, que é bateria, carro de som e as alas que vêm coladas nela, faz com que o componente se solte mais, sinta o carnaval chegando de vez. Eu uso sempre uma expressão, que eu chamo de momento de soltar musculatura”.

O diretor executivo, Marcelinho Calil, também comentou a importância do ensaio de bateria no Setor 11 da Sapucaí.

“É um reconhecimento do gramado que a gente chama no futebol. Não que precise, porque todo mundo aqui já tá cascudo, mas o fato é que como a gente tem um jogo só, que é uma vez por ano, esse contato prévio há um pouco mais de um mês para o desfile é necessário. A gente dá uma reconhecida, se ambienta, solta a musculatura para poder ir ganhando o corpo cada vez mais. É de fato aproveitar a oportunidade. É um trabalho eficiente, ensaio maravilhosamente bem executado, a gente pôde olhar uma coisinha ou outra que já viemos com essa intenção, de casa, e podemos cumprir fielmente o que a gente se programou. É ir construindo e buscando, para aí sim o gran finale no dia 2 de março, onde eu tenho certeza que a escola vai chegar no seu ápice”, explicou Calil.

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Ciça, Wander e Marcelinho também conversaram sobre o papel do carinho da torcida da escola para toda a ala músical e com a bateria da agremiação, e da importância de mestre Ciça.

“Acho fantástico esse carinho. O Ciça dispensa comentários: a experiência, a vivência, o que ele significa para o samba e para o carnaval. Com a pausa, ou melhor, o aviso que o nosso ídolo Neguinho da Beija-Flor deu recentemente de não cantar mais na Sapucaí, a partir do ano que vem, o Ciça passa a ser o integrante de quesito mais antigo do carnaval. Um cara que tem uma vasta e larga experiência no carnaval. A análise do trabalho dele é a melhor possível. A bateria vem ano após ano se aprimorando, buscando a melhor performance, e hoje ela consegue equilibrar perfeitamente uma qualidade musical absurda. Ela adaptou um pouco o andamento nos últimos carnavais. Acho que a gente consegue manter a identidade da bateria da Viradouro, manter a identidade do Ciça e ao mesmo tempo atender também aos julgadores e essa demanda de qualidade musical harmônica que é necessária para uma apresentação obviamente de samba-enredo”, ressaltou Marcelinho.

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“Me sinto muito feliz e contente que eu esteja conseguindo atendê-los. Atender a vontade do público, torcedores, escolas, dos meus patrões. Feliz e atendendo a minha expectativa também, graças a Deus”, resaaltou Wander ao comentar sobre o carinho da escola para com ele.

“Isso aqui é maravilhoso, a estrutura que a escola dá para qualquer profissional da Viradouro. Você viu, eu pedi um ensaio aqui. Isso é gratificante. Só tenho que agradecer aos patrões, ao nosso presidente, porque é uma estrutura incrível”, afirmou o mestre Ciça, agradrcendo o apoio da agremiação.

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Os entrevistados revelaram também sobre o que esperam do rendimento do samba de 2025, que levará a história e a esperitualidade ao redor de Malunguinho e da jurema, com o enredo “Malunguinho: O mensageiro de três mundos”, do carnavalesco Tarcísio Zanon, sendo a terceira escola desfilar no domingo de carnaval.

“É um samba que tem as duas funções para mim de um samba-enredo, ele atende com perfeição, defesa de quesito, letra e melodia. Além do contexto todo que o envolve uma música, envolve o samba-enredo, que é levar a escola para um grande desfile com a contribuição que ele tem direta para harmonia, e direta e indireta também para a evolução. É um samba que tem o espírito do homenageado. Combina perfeitamente com todas essas ferramentas que a gente vai levar para o nosso carnaval. Espero que ele seja muito bem executado, que a gente consiga ter um grande desfile no dia, que aí sim eu tenho absoluta certeza que a escola vem mais uma vez para brigar pelo título”, sinalizou Marcelinho Calil.

“O samba é excepcional, tem samba que a bateria tem que acgĝjudar, aqui é o contrário. O samba casou com a bateria, a coisa é perfeita. Aqui o samba é um sambaço. Temos o melhor samba do carnaval”, finalizou o mestre Ciça.

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“É uma opinião quase que geral da escola, que é um dos melhores sambas nossos nos últimos tempos. Eu não tenho problema em falar isso. É um samba que tem atingido fora da bolha da Viradouro, em todas as pessoas do carnaval. E a expectativa é a melhor possível. Porque é um samba melódico, valente, mexe com o brilho e, principalmente, capturou de fato o espírito do Malunguinho”, disse Dudu Falcão.

“É um grande samba, modéstia a parte, um dos melhores sambas, ou o melhor samba do carnaval. Temos escolas com grandes sambas também, mas o samba da Viradouro, eu tenho viajado ao Brasil, e está na boca do povo, na boca do Brasil. É um trabalho muito grande feito pela direção de carnaval, pela harmonia, pelos patrões, pela escola. Espero tudo do samba”, falou, confiante, Wander Pires.