O CARNAVALESCO traz abaixo o balanço da “Noite dos Enredos”, que aconteceu na última sexta-feira, na Cidade do Samba. Não faltou emoção para homenagear Arlindo Cruz e Bira Presidente, durante a Noite dos Enredos, com direito a um minuto de silêncio e diversas canções que marcaram as carreiras dos artistas. Como no ano passado, o local recebeu um público superior a oito mil pessoas e celebrou o encontro que é uma das prévias para os desfiles oficiais do ano que vem. Veja um resumo de cada exibição.

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Niterói abre a Noite dos Enredos com homenagem carregada de emoção a Lula
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A escola abriu a “Noite dos Enredos” com muita vontade. O público reagiu desde o início aos gritos de “Lula, Lula”. Apesar de algumas vaias, prevaleceu a ovação ao atual presidente do Brasil. O famoso Fabiano Trompetista esteve presente. O enredo foi apresentado de forma cronológica, passando pelo Nordeste, infância, desafios, chegada a São Paulo e, por fim, o momento político, destacando Lula como um dos maiores líderes da história do país. A exibição transmitiu um clima de euforia e terminou nos braços do povo, ao som de “Olê, Olê, Olá, Lula, Lula”. Fora da polarização, a escola cumpriu o objetivo de explicar o enredo e conquistar o público.

Mocidade emociona ao celebrar Rita Lee e aposta em repertório icônico
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A escola apresentou um conteúdo mais consistente em relação ao ano anterior. A abertura contou com a participação de Roberto de Carvalho, companheiro de Rita Lee, que declarou a felicidade e a honra da família com a homenagem. Um vídeo exibido no telão explicou o enredo com mais detalhes do que a performance no palco. A apresentação valorizou músicas de sucesso da cantora, incluindo efeito especial simulando lança-perfume. A bateria e o intérprete Igor Vianna se encaixaram com precisão na obra da roqueira. O “casal iluminado”, Diogo e Bruna, também participou. O encerramento trouxe “Santa Rita” e um vídeo com a cantora afirmando: “Acho que fiz um monte de gente feliz”.

Paraíso do Tuiuti encanta com teatralização e dança sobre o Ifá
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A escola baseou sua apresentação na dança, com movimentos intensos e expressivos, conseguindo atrair a atenção do público. A teatralização destacou a temática do Ifá, reforçada pela escolha de um narrador para explicar pontos do enredo. O casal Vinícius e Rebeca participou, e o intérprete Pixulé encerrou interpretando “Canto das Três Raças”, de Clara Nunes. Espetáculo do cantor!

Unidos da Tijuca dá aula de como apresentar um enredo
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A escola uniu teatralização e narrativa do enredo com falas marcantes e emocionantes. O conteúdo denso foi conduzido com firmeza pela porta-bandeira Lucinha Nobre. O trabalho das coreógrafas Bruna e Ariadne, em parceria com o carnavalesco Edson Pereira, teve excelente resultado. A apresentação serviu como exemplo de como transmitir um enredo, colocando a escola do Borel em destaque na noite.

Vila Isabel aposta em formato de musical e resgata identidade
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A apresentação foi marcada por trocas de cenários bem executadas e por um vídeo explicativo que complementou a performance de palco. O formato seguiu o estilo de musical, com destaque para coreografias. A Azul e Branco evidenciou um resgate de identidade, valorizando a cultura, a raiz do samba e a negritude. O encerramento trouxe Tinga interpretando o samba de 2012, sobre Angola.

Salgueiro relembra trajetória de Rosa Magalhães com criatividade
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A escola iniciou sua apresentação com o áudio que simula a fala de Rosa Magalhães: “Todo mundo sabe que sou salgueirense”. A participação de Cacau Protásio trouxe carisma e força à cena. O roteiro percorreu momentos de glória da carnavalesca em diferentes escolas, sempre intercalando sambas marcantes, com destaque para o travalho de Alemão do Cavaco, do intérprete Igor Sorriso e da equipe do carro de som. O encerramento foi feito com os sambas de 1990 e 1991, de desfiles criados por Rosa na própria Academia.

Mangueira leva o público ao Norte do Brasil com apresentação lúdica e musical
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A escola optou por uma abordagem lúdica e musical, iniciada com um vídeo narrando a trajetória da agremiação pelo Norte do Brasil. Coreografias e danças deram ritmo à apresentação. A bateria “Tem que respeitar meu tamborim” trouxe energia, e o intérprete Dowglas Diniz cantou o samba-exaltação. O encerramento ocorreu com samba-enredo e a participação do casal “Furacão”, Matheus e Cintya, arrancando aplausos calorosos.

Portela leva águia para o meio do público
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A apresentação começou com Gilsinho, a equipe do carro de som e a bateria executando o “Ponto de Xangô – Amarra os Inimigos e Dá um Nó”. O casal Marlon e Squel brilhou dançando o samba de 1995. Jerônimo da Portela entrou em cena como o “Príncipe do Bará” e, ao fundo, surgiu a tradicional águia, levando o público ao delírio. O encerramento aconteceu com o símbolo máximo da escola no meio da plateia.

Viradouro emociona ao celebrar mestre Ciça no palco
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A escola apostou na emoção e deu certo. Mestre Ciça, presente no palco, assistiu à apresentação e se comoveu. Um vídeo mostrou sua infância no Estácio, associando sons do cotidiano a instrumentos de bateria. O momento mais marcante foi o encontro do “menino” com Ciça no palco. Em seguida, Wander Pires interpretou sambas de escolas por onde o mestre passou. Casais de várias agremiações participaram, e o encerramento trouxe diversos mestres de bateria no palco, com os ritmistas da “Furacão Vermelho e Branco” no meio do público e o grito de “Pra cima, Ciça”.

Pitty de Menezes brilha em tributo a Ney Matogrosso na Imperatriz
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A apresentação destacou o talento de Pitty de Menezes interpretando canções de Ney Matogrosso. Com domínio de palco e interpretação precisa, o cantor é o grande nome do Grupo Especial. A escola optou por uma viagem musical sem narração explicativa, mas com coreografias e números de dança. O encerramento trouxe o casal Phelipe e Rafaela ao som de “Pro Dia Nascer Feliz”, de Cazuza e Roberto Frejat.

Grande Rio valoriza Manguebeat com figurinos e coreografia marcantes
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A vice-campeã apostou na força musical e coreográfica para valorizar o enredo sobre o Manguebeat. Figurinos elaborados e um efeito cênico com guarda-chuvas marcaram o número com “Da Lama ao Caos”, do Nação Zumbi. Assim como a Imperatriz, não utilizou narração, encerrando a apresentação com o samba de 2024.

Beija-Flor celebra o Bembé e exalta a ancestralidade
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A campeã abriu falando sobre o Bembé, exaltando a festa do povo preto e a ancestralidade, conectando-a à escola e ao maior candomblé de rua do mundo. A performance seguiu com foco em dança e música, incluindo momentos em que integrantes foram suspensos no ar. O intérprete Nino encerrou cantando “Reconvexo”, de Maria Bethânia.