Tia Surica, Selminha Sorriso, Rachel Valença, Tiãozinho Mocidade, Mestre Odilon, Mestre Dionísio, Rubem Confete, Zélia Confete e Nilcemar Nogueira. Integrantes do Conselho do Samba, do Museu do Samba, são esses os baluartes que assinam a carta endereçada ao prefeito Eduardo Paes pedindo a criação de uma área de lazer e cultura inspirada no Parque Madureira, em um terreno abandonado ao lado do museu, aos pés do Morro de Mangueira.
A carta foi entregue ao presidente da Riotur, Ronnie Aguiar Costa, escalado por Paes para interagir com os sambistas sobre a proposta. “O próximo passo é vocês sugerirem os equipamentos necessários às atividades culturais e de lazer demandadas pela comunidade e o Museu do Samba, para que a Prefeitura faça um estudo de viabilidade”, afirmou o presidente da Riotur, que chamou para a conversa o subprefeito da Zona Norte Diego Vaz.
“Nossa ideia é que o espaço seja uma área de convivência para a criança brincar e o idoso jogar suas cartas, ao mesmo tempo em que abrigue atividades educativas e culturais ligadas ao samba, como rodas e a gastronomia tradicional das velhas baianas; nesta região não temos nada semelhante, a exemplo das bem-sucedidas iniciativas Parque Madureira e Feira das Yabás, por exemplo”, detalhou Nilcemar Nogueira, fundadora do Museu do Samba.
O terreno em questão fica na rua Visconde de Niterói, ao lado do Museu do Samba, aos pés do Morro da Mangueira. Havia ali um prédio do IBGE que foi implodido para construção de unidades do Minha Casa, Minha Vida, objetivo que não se concretizou. Hoje a área está abandonada e sem tratamento paisagístico, deixando o museu vulnerável a invasões, além de ter se tornado criadouro de insetos.