No complicado desfile do Império Serrano no Carnaval 2019 um dos momentos de maior discussão foi a apresentação do casal de mestre-sala e porta-bandeira. Ao inovarem e dançarem sob o tripé da comissão de frente, Diogo e Verônica acabaram despertando um debate sobre a inovação. Com a divulgação das justificativas pela Liesa ficou claro que os jurados rejeitaram a novidade.
Pelo menos dois julgadores deixaram explícito em suas justificativas que o bailado sobre o tripé tirou a leveza e espontaneidade da apresentação, o que é um critério de julgamento. Beatriz Badejo alega que a dupla estava tensa na sua apresentação.
“O Império Serrano procurou inovar, trazendo um novo espaço cênico para o casal de mestre-sala e porta-bandeira, que foi erguido e conduzido através de uma plataforma, ao elemento cenográfico. Tal procedimento por si só não é penalizado. Mas neste caso, além do piso molhado pela chuva, gerou tensão ao bailado, sendo possível perceber uma certa dificuldade para dar início à exibição, bem como giros contínuos da porta-bandeira. Além disso, o pavilhão, por mais de uma vez, enrolou em torno do mastro, durante a exibição do par”, alegou Badejo.
Mônica Barbosa usou em sua justificativo o argumento de que não se deve tirar o casal de mestre-sala e porta-bandeira do solo, o chão sagrado para o bailado com o pavilhão, símbolo maior da escola de samba.
“Foi ousado e arriscado colocar o casal em um tablado, tirando-os do seu sagrado chão, onde eles e seu pavilhão riscam o chão abençoado. Mesmo que o resultado tenha sido uma bonita apresentação, o tablado era um tripé preto simples como um caixote, somente com algumas luzes e cortinas dançantes. (…) O casal ficou apreensivo com a chuva no módulo 4, mas segurou a apresentação”, destacou a jurada.
Diogo Jesus e Verônika Lima obtiveram uma nota 9,7 (descartada), duas 9,8 e uma 9,9 no julgamento do quesito no Carnaval 2019.