As baianas do Salgueiro trouxeram, no primeiro dia de desfile do Grupo Especial, o despertar da natureza em sua fantasia. “A fantasia é a mãe natureza. As baianas vão representar onde tudo começou”, explicou Tia Glorinha, presidente da ala de baianas.
A fantasia usada era vermelha e laranja, com detalhes brilhosos. Em baixo das saias das baianas tinha um led com luzes. As baianas desfilaram com uma asa rosa e roxa nas costas, na parte de cima, as baianas também usaram um chapéu vermelho e laranja com penas pretas.
De acordo com as baianas, as luzes na saia foi uma surpresa para avenida. “Temos um detalhe escondido na fantasia que vai ser uma surpresa”, explicou Marli Cipriano, enfermeira, baiana há quinze anos no Salgueiro.
Para a presidente, a fantasia foi uma aposta no carnavalesco Edson. “Quando o Edson disse que iria fazer a roupa, ele disse que seria uma roupa muito bonita. Que seria impactante. Apostamos nele e o resultado está ai” disse a presidente. O carnavalesco Edson é o maior detentor de Estrelas de Carnaval, prêmio do CARNAVALESCO, na categoria de baianas.
Isabela Lopes desfila no Salgueiro como baiana, sobrinha da Tia Glorinha, ela estava presente e ansiosa para desfilar pela vigésima sexta vez na escola. “Vestir essa fantasia é mais do que uma honra. Eu estou vestindo por causa da minha Tia Glorinha, que é presidente da ala. Eu comecei carregando fantasias dela, me apaixonei e aos 17 anos entrei na ala”, disse a baiana.
As baianas entraram em um consenso sobre a fantasia: é leve e tranquila de se usar. “estar aqui é uma emoção, da até vontade de chorar. Salgueiro é raiz e força da terra. A fantasia é uma maravilha, é toda em vime e acaba sendo um material mais leve para desfilar. É muito confortável”, disse Rosilene Ferreira, dona de casa, baiana há 3 anos pelo Salgueiro.
A vermelha e branca foi a penúltima escola a desfilar no primeiro dia de desfiles do Grupo Especial. A escola reflete sobre o certo e o errado, apresentando os “Delírios de um Paraíso Vermelho”.