Por Nathália Marsal
As baianas da Beija-Flor de Nilópolis passaram pela Sapucaí na noite deste domingo com a responsabilidade de representar o enredo “O mundo místico dos Caruanas nas águas do Patu-Anu”, de 1998, que rendeu o troféu de campeã à escola. Em 2019, a agremiação decidiu contar seus 70 anos de existência através de seus próprios carnavais.
Carla Valéria Santos, de 54 anos, que fez sua estreia na Beija-Flor, justamente em 1998, não esquece a emoção vivida naquela época.
“Uma emoção que não sei explicar. Arrepiei demais em ouvir a voz do Neguinho pela primeira vez e até hoje é assim”, relatou a componente, que contou ainda que a fantasia de hoje mudou um pouco em relação àquele ano.
“A de 1998 representava um jarro de cerâmica, a de hoje, lembra o desfile daquele período com as cores e através do chapéu de beija-flor, símbolo da escola.”
Ainda em relação a mudanças de 1998 para os dias atuais as componentes apontam principalmente a estrutura. Ananízia Rocha, de 79 anos, que está há 30 na ala de baianas diz que o peso aumentou.
“Antes eram mais leves. Agora tem que ter muito equilíbrio para desfilar, mas eu não quero largar isso, não”, afirma Ananízia, uma das mais antigas na ala que elegeu o desfile sobre Roberto Carlos, como seu preferido. Ela passou o aprendizado para a filha Solange da Silva, de 58 anos, que entrou ainda criança na escola.