O Arame de Ricardo encerrou o primeiro dia de desfiles da Série Prata com o enredo sobre o universo infantil: “Quando crescer, quero ser criança! O Arame te ensina brincando!!!”. O grande destaque do desfile foi a comissão de frente que utilizou uma coreografia bonita e uma solução inteligente para contar a sua história, com uma defesa excelente do samba pelo cantor e compositor do mesmo, Giovane Melo. O canto dos componentes, entretanto, deixou a desejar ao longo do desfile.
Comissão de Frente
Representando a menina que sonha em encontrar o príncipe encantado, a comissão de frente do Arame de Ricardo trouxe uma coreografia onde os príncipes se relacionavam com as meninas e, ao final, elas eram transformadas em princesas, realizando assim o sonho de diversas meninas ao redor do mundo. Coreografada por Tom Barros e Daniel Durval, ela encantou a intendente chamando a atenção do público, principalmente com a forma que as meninas eram transformadas em princesas, um movimento rápido liberando os vestidos azuis sobre os marrons que elas usavam. O único ponto fora da curva foi que uma das meninas se apresentou sem uma coroa de princesa, o que destoou das outras que também estavam na comissão.
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
O casal Angelo Virtude e Jennifer Diniz teve uma apresentação entrosada com uma dança com elementos infantis, inclusive com eles fazendo caretas quando elas eram citadas no samba. A fantasia trazia elementos que remetiam ao universo infantil como bichinhos, bolinhas de plástico e doces.
Enredo
O carnavalesco Guto Carrilho desenvolveu um enredo sobre o universo infantil que a escola recordou lembranças como amarelinha, algodão doce, desenhos animados e outras características da infância. O artista conseguiu, dentro das possibilidades, traduzir as questões da infância para o Carnaval da Intendente.
Alegorias
A escola desenvolveu bem o abre-alas, que trouxe guloseimas, oferendas para os Erês, porém as outras alegorias tiveram menos destaque. Uma delas trazia referência ao audiovisual infantil, tendo como destaque a personagem Chiquinha, do seriado Chaves. Já o último carro trouxe um bonde da alegria infantil em pleno carnaval. Ambos os carros possuíam problemas de acabamento, porém o último carro era mais visível.
Fantasias
Muitas fantasias de alas comuns não estavam bem acabadas, como, por exemplo, na ala da pipa, onde algumas nuvens estavam caindo dos tecidos, enquanto outras estavam bem grudadas. Outra ala com questões na fantasia foram as baianas, tendo elas problemas com as saias. Alguns integrantes da bateria também desfilaram sem a fantasia completa.
Harmonia
Com exceção dos componentes e destaques de carro, as alas passaram sem cantar o samba-enredo, com diretores de harmonia tendo que incentivá-los a todo tempo durante o trajeto do desfile. O ponto fora da curva eram os refrões que tentavam ser cantados pelas alas. Giovane Melo, entretanto, defendeu muito bem o samba da escola ao longo da apresentação.
Samba-enredo
O samba do Arame de Ricardo foi bem construído e, graças ao intérprete, conseguiu salvar muitos pontos do desfile. Muito descritivo, possuía uma boa melodia, que fazia os componentes tentarem cantar até os trechos que não sabiam. Com uma letra leve, em busca de nostalgia, trouxe ainda referência ao fato do Arame encerrar os desfiles do primeiro dia da série prata: “Amanheceu… dia de festa, não tem nada igual / É bom ser criança… / Na matinê deste carnaval”.
Evolução
Chegando perto do fim da pista, após a apresentação do casal no último módulo, a escola começou a quase correr, avançando muito rápido, ainda que possuísse o tempo mínimo de desfile, passando a impressão de que a escola veio acelerada e com poucas pessoas para desfilar.
Outros Destaques
A alegria dos componentes que já são da escola em vir desfilando mais um ano contagiou as pessoas que ainda estavam na Intendente no horário da escola que encerrou o primeiro dia de desfiles, assim como a destaque que interpretou a Chiquinha, do seriado Chaves, que veio cantando a plenos pulmões o samba da escola.