A bateria Swing da Leopoldina de Mestre Lolo fez uma grande apresentação. Uma exímia afinação de surdos foi notada, amparando o ritmo da bateria da Imperatriz Leopoldinense de forma eficaz. O balanço dos surdos de terceira preencheram a sonoridade junto a um toque de caixas uniforme e ressonante, além de repiques complementando o molho da cozinha da bateria. Peças leves acompanharam e contribuíram com qualidade inegável. Uma ala de tamborins com ótimo volume, coesão rítmica, que tocou chapado a convenção que explorou a melodia do samba com um desenho baseado em simplicidade. Um naipe de chocalhos exemplar, assim como cuícas seguras também foram percebidas.
O leque de paradinhas esbanjou concepção musical refinada. A bossa do refrão do meio inseriu um arranjo musical com retomada que remetia à bateria da Mocidade Independente. Os chocalhos fizeram subida “cascavel”, com marcadores tocando o surdo de maneira invertida, além das caixas fazendo a batida da bateria da Mocidade. A paradinha da segunda unia bom gosto musical e uma sonoridade de notório destaque.
As passagens da bateria da Imperatriz diante dos julgadores ocorreram sem qualquer transtorno musical evidenciado da pista de desfile. Inclusive, a apresentação na última cabine dupla de jurados arrancou aplausos e boa receptividade. Uma abertura de início dos trabalhos muito boa do ritmo da escola de Ramos. A única ressalva negativa fica por conta do chapéu da bateria. De altura elevada, prejudicou as sinalizações das paradinhas por parte dos diretores, que foram bravos e garantiram com muito sacrifício que nenhum problema ocorresse.