A bateria da Grande Rio de Mestre Fafá fez uma apresentação muito boa. Um ritmo marcado pelo andamento cadenciado, que propiciou um pleno equilíbrio de naipes e timbres. É a única bateria do carnaval carioca com mapa de todos os ritmistas, o que ocasionou uma organização notável no ritmo, proporcionando uma musicalidade de equalização ímpar. Uma boa afinação de surdos foi notada. O swing envolvente das terceiras preencheram o balanço da cozinha com consistência.

A ala de caixas ressonantes deu sustentação rítmica, agregando à sonoridade, junto com repiques. A ala de chocalhos tocou de maneira firme e coesa. Sincronizado com um naipe de tamborins de sonoridade exemplar, executando a convenção rítmica com precisão e principalmente coesão. Os agogôs pontuaram a melodia do samba e complementaram a bateria da Grande Rio, junto com uma boa ala de cuícas. Paradinhas com boa concepção musical, explorando movimentos rítmicos baseados em simplicidade, mas com extrema eficácia, além de uma construção sonora que deu valor a melodia do samba da escola.

A bossa da cabeça do samba gerou fluidez na boa conversa rítmica, com direito ao tamborins virando de costas para efetuarem uma subida responsável por pautar a retomada do ritmo. As apresentações em todos os módulos ocorreram sem qualquer transtorno sonoro evidenciado pela pista de desfile, com todas as paradinhas tendo êxito na execução, bem como nas retomadas. Vale ressaltar a bela apresentação no último módulo de cabine dupla.

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