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Já virou realidade nas escolas que os sambas escolhidos passam por alterações após o anúncio oficial. Todos sambem disso, mas vai ano e volta concurso e segue a mesma ladainha da insatisfação. Não foi diferente na Estação Primeira de Mangueira. A atual campeã do Grupo Especial realizou pequenas correções no samba dos compositores Manu da Cuíca e Luiz Carlos Máximo e o clima esquentou entre os torcedores mangueirenses. Muitos não aceitaram, pediram para escola voltar atrás, mas no ensaio de quadra deste sábado, quem foi, viu o rendimento e já entendeu que a mudança foi para melhor e que o samba tem potencial para explodir na Avenida. (Fotos de Allan Duffes)

O site CARNAVALESCO conversou com Álvaro Luiz Caetano, o Alvinho, que é membro do conselho de carnaval da Mangueira e que participou ativamente da mudança. Ele explicou o motivo e prometeu que o canto dos componentes será um grande destaque da Verde e Rosa em 2020.

“Tudo que foi feito aconteceu em consenso com os compositores e o departamento musical. Em um desfile de escola de samba precisamos estar preocupados com o canto dos componentes, a respiração e temos que dar mais ênfase para isso. A mudança deixa mais à vontade, facilita o canto. É preciso entender que não é um samba somente para ouvir em casa, ele vai passar pela Avenida e as pessoas precisam cantar o tempo inteiro. Os versos que caíram eram muito bonitos, mas cortamos para soltarmos o canto. A forma que foi feita era perfeita, mas agora ficou mais fácil o canto”, afirmou Alvinho.

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Ex-presidente da Mangueira, ele garante que a obra pode ter rendimento até melhor do que o samba de 2019, um dos pilares do título mangueirense.

“Sinceramente, eu acredito muito no samba da Mangueira, melhor do que 2019. É impactante e a letra é maravilhosa. Ele retrata uma realidade que vivemos, para o bem ou mal, cada pode interpretar como quiser, e na essência a letra e melodia mexem com a gente. Tenho certeza que será um dos sambas do Carnaval 2020”, profetizou.

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Alvinho elogiou a nova forma de disputa da Mangueira, que igualou todas parcerias, com as gravações no mesmo formato, os cantores de apoiando da escola comandando os concorrentes, além do corte do poder financeiro nas apresentações, embora, tenha sido notada a falta de uma grande festa das parcerias na quadra.

“É lógico que algumas mudanças vão ter que ser feitas para o futuro. A ideia nasceu do presidente Elias. Deu oportunidade para os compositores que não possuem poder aquisitivo grande. Hoje, eles podem colocar o samba, com custo reduzido e ganhar. A Manu e o Luiz Carlos são exemplos disso”, finalizou Alvinho.

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