Atual campeã do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro, a Unidos do Viradouro realizou, na noite do último domingo, o quinto ensaio de rua rumo ao carnaval de 2025, na Avenida Ernani do Amaral Peixoto, no Centro de Niterói. O ensaio mostrou, mais uma vez, a força dos quesitos da Vermelha e Branca, que luta pelo bicampeonato consecutivo. A bateria “Furacão Vermelho e Branco”, de mestre Ciça, e o experiente casal de mestre-sala e porta-bandeira, Julinho Nascimento e Rute Alves, tiveram grande destaque. A escola será a terceira a desfilar no domingo de carnaval, com o enredo “Malunguinho: O Mensageiro de Três Mundos”, que será desenvolvido pelo carnavalesco Tarcísio Zanon.

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Antes do ensaio, no esquenta, a Viradouro exaltou os seus casais de mestre-sala e porta-bandeira, o primeiro (Julinho e Rute) e o segundo (Amanda Poblete e Thiaguinho Mendonça). Os casais dançaram na frente da escola embalados pelos sambas de 2007 e de 2020. A se mencionar, também, a introdução do samba-enredo de 2025 executada pelo carro de som da Vermelha e Branca, com pontos de Malunguinho e da Jurema Sagrada.

“Perfeito! O melhor ensaio do ano, foi um ensaio feliz, tudo aconteceu de forma redonda, impecável. Foi um grande ensaio, um grande ensaio mesmo. A escola está em processo de carnaval, construindo, mais uma vez, um desfile que a gente espera que seja tão potente ou mais do que os últimos carnavais. Temos enredo para isso, temos samba para isso e temos um trabalho consolidado para isso. Agora, é duas vezes mais trabalho e duas vezes mais humildade para trazer esse bicampeonato para Niterói, que, a cada semana que passa, eu tenho mais convicção de que a gente está firme na briga por esse título”, analisou o diretor-executivo da Viradouro, Marcelinho Calil.

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Mestre-Sala e Porta-Bandeira

O casal de mestre-sala e porta-bandeira da Viradouro, os experientes Julinho Nascimento e Rute Alves, deram, mais uma vez, um show à parte no ensaio de rua da Vermelha e Branca. A dupla, que vestia uma bela roupa vermelha, apresentou uma coreografia muito bem entrosada e com movimentos fortes, com os potentes giros da porta-bandeira. A coreografia apresentada misturava elementos da dança tradicional com algumas referências ao samba da escola, como no trecho “Eu sou caboclo da mata do Catucá”.

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Fotos: Gabriel Gomes/CARNAVALESCO

Harmonia

A comunidade da Unidos do Viradouro mostrou, mais uma vez, toda sua força e credenciais no quesito Harmonia. O samba-enredo da escola, que já é muito potente, teve sua força elevada pelo canto dos componentes da Vermelha e Branca de Niterói. O quesito foi impulsionado ainda pelo excelente desempenho do intérprete Wander Pires e da bateria “Furacão Vermelho e Branco”, que estão cada vez mais entrosados. A se destacar, a linearidade do canto da Viradouro, desde as primeiras até as últimas alas da escola, sem deixar a força e a intensidade caírem.

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Evolução

A evolução da Viradouro foi, em mais um ensaio, muito fluida, coesa e compactada, com a organização que já é marca da escola. Alguns elementos foram utilizados para demarcar o espaço das alegorias no desfile oficial. Nenhum problema foi observado. Os componentes, presentes em grande número, desfilaram de maneira leve e coesa ao longo da Avenida Ernani do Amaral Peixoto.

Samba-enredo

Composto por Paulo César Feital, Inácio Rios, Márcio André Filho, Vaguinho, Chanel, Igor Federal e Vitor Lajas, o samba-enredo da Unidos do Viradouro tem mostrado, a cada ensaio, muita força e funcionalidade. A obra, com interpretação espetacular do intérprete Wander Pires, foi um dos grandes destaques do ensaio da escola. O bis anterior ao refrão, “O rei da mata que mata quem mata o Brasil” e o refrão, “A chave do cativeiro// Virado no exu trunqueiro// Viradouro é catimbó// Viradouro é catimbó// Eu tenho corpo fechado//Fechado tenho meu corpo//Porque nunca ando só”, foram os trechos mais cantados pela comunidade.

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Outros Destaques

A bateria “Furacão Vermelho e Branco”, comandada por mestre Ciça, deu um show à parte na Avenida Ernani do Amaral Peixoto, conduzindo com maestria o ritmo do ensaio de rua da Viradouro. As bossas apresentadas ao longo do ensaio foram muito bem executadas e contribuíram muito para o astral e o clima dos componentes da escola. A rainha de bateria Érika Januza, com uma bela roupa prateada, marcou presença, com uma roupa mais uma vez, e foi muito tietada pelo público presente.

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Os integrantes da Comissão de Frente da Viradouro não estiveram presentes, mas foram representados pelos coreógrafos Priscilla Mota e Rodrigo Negri, que simulam o tempo das apresentações em todas as cabines de jurados.