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Alas da Vila retratam a saga dos candangos que construíram Brasília

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Percorrendo o país para homenagear a capital nacional, a Unidos de Vila Isabel trouxe para a Avenida o enredo “Gigante pela própria natureza: Jaçanã e um índio chamado Brasil”. A escola de Noel e Martinho da Vila cantou a formação nacional a partir de um conto indígena, trazendo em suas alas histórias de todas as regiões brasileiras.

Uma dessas histórias representadas pelo desfile da Vila Isabel é a migração das pessoas que vieram tentar construir uma vida nova na capital do país. Os chamados candangos vieram para ajudar na construção da cidade planejada, cada um trazendo um pouco de sua cultura e suas origens.

A ala “Candango não Perde a Fé” veio simbolizando toda a religiosidade presente na cultura brasileira, levada por cada candango que foi morar em Brasília.”Nós somos os Candangos, que não perdem a fé. A fé é vida. Sem fé não tem esperança”, resumiu Cleide Horta, de 61 anos.

“Estamos falando de como se construiu Brasília”, explicou Cleide, que tem 12 anos de Vila Isabel. A fantasia de sua ala era repleta de fitas coloridas e, segundo ela, bem leve e tranquila de se carregar.

No chapéu, o rosto de Nossa Senhora Aparecida com uma coroa. E no costeiro, um esplendor com flores e filetes de madeira. “A Vila tá com garra, com vontade, com chão. E a gente ta brigando pra ser campeão”, disse Vera Marinho, de 55 anos, desfilando pelo quinto na escola.

A ala coreografada “Nobre Sofredores Candangos” marca toda brasilidade e diversidade que existe na região Centro-Oeste. A fantasia é em tons terrosos como laranja, bege e vermelho, com vestimentas que remetem aos retirantes. Nas mãos os componentes carregam malas e trouxas de roupa.

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As mulheres vinham de rolos coloridos na cabeça e os homens com um chapéu de palha. “Nós somos os candangos sofredores e estamos indo construir Brasília”, contou Aleteia Viana, de 41 anos, que fez seu primeiro desfile pela Vila.

Maria do Socorro, de 58 anos, explicou sua a conexão com ala em que desfilou. “Somos a terra sofredora. Eu não sou do Rio, eu sou de Teresina (Piauí) e sei o que é isso, o sofrimento”. É a quinta vez que Maria desfila na escola que conheceu através da irmã mais velha, que sai há 40 anos pela Vila Isabel.

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