O Salgueiro foi a quinta escola de samba do Grupo Especial a desfilar pela Sapucaí neste domingo, 19 de fevereiro. O enredo buscava despertar olhares críticos sobre a concepção social de certo e errado, com uma grande mensagem de repúdio a qualquer tipo de preconceito.
A 21ª ala da agremiação, intitulada “Todes a bordo”, reuniu pessoas da comunidade LGBTQIA+ para convidar o público para navegar no barco da diversidade. As fantasias, de diversas cores, formavam as cores do arco-íris no conjunto.
“Estou desfilando no Salgueiro pela primeira vez. No ano passado, estive na arquibancada. Olhe como o mundo dá voltas”, comentou o bem-humorado Kayque Barcellos, de 17 anos. “Ainda que pareça um tema cansativo, é a realidade. Precisamos trazer relevância para o combate à intolerância e esse momento é ideal. O Brasil inteiro está nos assistindo”, afirmou.
Laert Rodrigues, de 47 anos, voltou a desfilar após alguns anos e se mostrou extremamente satisfeito com o seu papel na apresentação. “Achei a fantasia linda, e realmente maravilhosa”, abordou.
“Essa ala é nova e necessária. Traz representatividade para todos nós no carnaval, e fico feliz de fazer parte desse momento”, citou Paola Nunes, de 33 anos, que desfila no Salgueiro pelo segundo ano.