A Mocidade Independente de Padre Miguel mostrou em seu desfile um pouco do legado deixado por Mestre Vitalino e seus discípulos do bairro Alto do Moura, na cidade de Caruaru, em Pernambuco. “Terras de meu céu, estrelas de meu chão” foi o título do enredo da Verde e Branco neste carnaval, que trouxe a arte figurativa para a passarela do samba. O primeiro setor da escola foi batizado de “O ciclo da Vida”, enquanto o segundo setor se chamava “O Suor de Cada Dia”.
O terceiro setor da Verde e Branco da Zona Oeste tinha o nome de “Realidade e Fantasia” e falou sobre a re-criação de figuras nordestinas pelos mestres do barro para o jogo de xadrez. A ala de passistas veio com a fantasia intitulada: “Lampião e Maria Bonita – Sereias (O Rei e a Rainha)”, inspirada nos seres híbridos das obras do artista Manoel Galdino. A roupa possuía as cores verde, branco, dourado e preto, trazendo um tecido xadrez nos braços dos componentes. A roupa tinha ainda um grande costeiro de penas pretas.
George Louzada, 32 anos, é professor e coordena a ala dos passistas da Mocidade. Momentos antes do desfile, ele desabafou: “O que nós temos de especial é sermos passistas. A gente está em um ano muito complicado para a classe de passistas, então qualquer força maior faz a ala entrar com garra e aguerrida. Esse desfile pra mim já é uma grande potência”.
Há quatro anos desfilando na Estrela Guia de Padre Miguel, Renata Floriano é analista de sistemas e tem 39 anos. Ela foi mais uma passista que aprovou a indumentária deste ano. “Achei muito bonita. Muito rica em detalhes. Acho que a fantasia vai fazer muito sucesso na avenida”. Renata revelou que a ala preparou uma coreografia especial para o desfile, mas que a execução iria depender do calor do momento e do decorrer do desfile da escola.
Gabriella Mendes, 20 anos, é esteticista e desfila na escola desde 2017, ano do último campeonato da Mocidade. “Achei a fantasia leve, boa para poder sambar, evoluir bem. Eu gostei muito da roupa desse ano”. Ela contou ao site CARNAVALESCO que algumas passistas da escola foram até a cidade de Caruaru para conhecer de perto um pouco da cultura pernambucana.
A recepcionista Millene Figueiredo tem 29 anos e desfila na escola desde 2013. Ela explicou que estava muito feliz e emocionada antes de entrar na Sapucaí porque sofreu um acidente de moto há 20 dias. “Esse mês foi especial para mim. Eu meio que renasci. E passa muita coisa pela nossa cabeça… Mas, depois de tudo que eu passei, agora eu me sinto pronta para evoluir bem e sambar muito”.
Thomaz Vieira, 27 anos, fez sua estreia como passista da Padre Miguel e confessou estar vivendo um momento muito feliz. “É prazeroso entrar na avenida representando o Nordeste. Eu, por ser maranhense, me sinto representando o lugar de onde eu nasci. Sair de passista pela Mocidade é o sonho de muita gente”.
Thais Mota, 26 anos, é microempresária e desfila na escola desde os 16 anos. Ela também elogiou bastante o figurino da ala. “A fantasia está maravilhosa! Leve, super confortável. Sem problemas. Dá para evoluir bastante, bem tranquilo”.