O Acadêmicos do Engenho da Rainha anunciou o enredo que levará para a avenida no Carnaval 2026: “Santa Rosa – Negro, moderno, plural”, uma homenagem a Tomás Santa Rosa, conhecido como o “pai do livro moderno”. A vermelho e branco do Engenho da Rainha apresentará a trajetória e o legado do multiartista paraibano, que atuou como pintor, ilustrador, designer, cenógrafo, professor, decorador e figurinista. O enredo pretende destacar a importância de Santa Rosa para a arte e a cultura brasileiras.

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Nascido em João Pessoa (PB), em 1909, Tomás Santa Rosa demonstrou talento artístico ainda na infância. Aos nove anos, participou de sua primeira exposição com a pintura de um docel de São Francisco de Assis, inspirada em sua religiosidade. Na capital paraibana, formou-se em Ciências e Letras.

Aos 23 anos, deixou o emprego em repartições públicas e mudou-se para o Rio de Janeiro, onde aprofundou seu contato com a pintura, a ilustração, a diagramação, a cenografia e o figurino, além de se dedicar ao ensino das artes. Inovador no campo gráfico, destacou-se pelo planejamento visual de livros e pelas ilustrações que produzia, conquistando reconhecimento e estabilidade financeira.

Santa Rosa também foi um crítico contundente do teatro comercial, que, segundo ele, priorizava o entretenimento em detrimento da estética e do conteúdo. Além de artista, exerceu papel ativo na militância cultural em cargos públicos.

Em 1956, representou o Brasil na Conferência Internacional de Teatro, em Bombaim, na Índia. Durante a viagem, adoeceu, foi hospitalizado e faleceu em 27 de novembro do mesmo ano, em Nova Déli.

O presidente da escola, PH, destacou a relevância do enredo: “Falar de Santa Rosa é um desafio, pois estamos falando de um homem negro, um gênio das artes que nunca desistiu do seu sonho. Mesmo diante de tantas barreiras, conquistou o seu lugar. Vamos pra cima!”.

O carnavalesco Leo Jesus também celebrou a escolha: “Exaltar a história desse gênio das artes é uma honra. Santa Rosa nos deixou um legado de força, criatividade e ensinamento. Espero que, como ele, nós também consigamos conquistar o nosso espaço”.