Em entrevista ao CARNAVALESCO, a primeira porta-bandeira da Viradouro, Rute Alves, contou o que achou do novo formato dos três dias de desfile, falou sobre o sorteio da ordem dos desfiles — que acontece nesta sexta-feira na Cidade do Samba — e revelou o que representa estar mais um ano defendendo a escola de Niterói.

Sobre o novo formato do carnaval com três dias de desfiles no Grupo Especial: “Desde que foi anunciado, eu gostei muito desse formato de quatro escolas por dia. Ficou mais dinâmico, mais atrativo para o público da Sapucaí e para quem assiste de casa. Hoje temos 12 grandes escolas, até mesmo a que sobe é uma grande escola. Independentemente de como caia o sorteio, teremos três dias de espetáculos incríveis. Pode comprar ingresso até no escuro, como no Rock in Rio, porque são produções grandiosas”, brincou.
A porta-bandeira da Viradouro também falou sobre desfilar no domingo e o que espera do sorteio para o Carnaval 2026. “Não tive folga na terça porque fui trabalhar em Belo Horizonte, mas não acredito no mito de desfilar no primeiro dia. Já fui campeã duas vezes começando a Sapucaí! Independentemente do dia, espero que a Viradouro tenha uma colocação digna. Prefiro desfilar como terceira ou quarta escola. Não peço sorte, peço à minha fé. Merecimento é o que nos leva a vencer. Tudo é bênção e colheita do trabalho da comunidade. E, seja como for, faremos um desfile lindo”, afirmou.
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Questionada sobre a data do sorteio ter sido antecipada para o início de abril, Rute foi enfática: “Não conseguimos respirar desde o Carnaval passado, e já estamos focados no próximo. Para mim, isso gera ansiedade, porque antecipa a programação de 2026. Acho que poderiam esperar mais um pouco”.
Sobre permanecer na Viradouro, a porta-bandeira emocionou-se: “Me sinto abençoada. Agradeço à diretoria por me manter nessa escola, defendendo meu pavilhão entre tantas profissionais talentosas. Fui escolhida para representar uma comunidade, sua ancestralidade e as futuras gerações. Preciso honrar isso, manter o caminho aberto e dar exemplo de resistência. Tia Ciata sofreu muito; temos que respeitar e agradecer pelo legado que ela nos deixou”, finalizou, em referência à matriarca do samba.