A Portela voltou a comemorar, na noite da última terça-feira, seu aniversário de 100 anos. Mostrando a sua potência e com um show repleto de estrelas no palco, o evento “O Céu de Madureira é Mais Bonito” transbordou emoção e fez todos os presentes no Vivo Rio aplaudirem a escola em pé. O evento, encabeçado pela cantora Teresa Cristina, reuniu artistas e portelenses ilustres, como Orlando Morais e suas filhas Aná e Anttónia, as cantoras Simone e Fernanda Abreu, Marquinhos Oswaldo Cruz, Moacyr Luz, Wanderley Monteiro, Mauro Diniz, além da Velha Guarda da Portela e o elenco show da agremiação. Toda a diretoria estava presente no evento e não pouparam palavras para descrever a emoção de compor a Portela no seu centenário e realizar um evento inédito e tão simbólico.

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Fotos: Guibsom Romão/CARNAVALESCO

“A gente tem a ideia de fazer esse show numa grande casa do Rio de Janeiro, com os artistas da Portela cantando a produção musical da escola há um tempo, e a gente conseguiu viabilizar com o nosso departamento de eventos, a Teresa Cristina adorou a ideia e resolveu capitanear o evento e fazer convite para os demais participantes, os demais artistas da Portela e eu acho que o resultado foi o melhor possível. Foi um show emocionante, de muita alegria, recordando clássicos da escola e os compositores de Oswaldo Cruz. A nossa ideia é que esse show entre no calendário de eventos da escola e que nos próximos anos esse show só tem a crescer”, conta o presidente da Portela, Fábio Pavão.

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Realizar um show com artistas ilustres que torcem para a escola não é uma iniciativa inédita da Portela. A Mangueira já realiza anualmente o “Show de Verão da Mangueira”, um evento tradicional que busca arrecadar fundos para a escola.

“A Mangueira já faz esse show há bastante tempo e a gente buscava também realizar o show. A questão de que a Mangueira conseguiu viabilizar o show dela há mais tempo, e demorou bastante para a gente viabilizar, mas agora o nosso departamento de eventos conseguiu, e a gente realizou esse grande evento”, ressalta o presidente que revela que o objetivo do evento também é levantar recursos para o desfile da Portela.

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“A gente pretende arrecadar recursos para ajudar na produção do carnaval, com certeza. A receita da Portela depende bastante dos eventos que a escola organiza, na quadra e fora da quadra, e aqui também vai ser um reforço importante para o nosso orçamento.”, afirma Fábio Pavão, que demonstrou muita emoção em estar presidindo a Portela no seu centenário.

“Acredito que é um momento marcante na história de qualquer instituição, e a Portela não é diferente. Então, muitos vieram antes de mim, construíram a Portela para que chegássemos até aqui, e quem está aqui hoje vai passar para as gerações futuras, porque essa instituição aqui é imortal, é eterna. As próximas gerações vão vibrar, vão se emocionar, com os mesmos sambas que nós ouvimos aqui hoje” enfatiza o presidente.

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Teresa Cristina, sambista e portelense que capitaneou e produziu todo o show, não conteve a emoção e a satisfação ao contar como foi o processo de concepção do evento. Ela, que pensou em desistir, diz ter visto na essência da Portela que o importante está dentro da agremiação.

“Eu tive essa ideia de tentar fazer. Eu falei, a Mangueira faz show com Chico Buarque, Alcione, com uma porrada de artistas, até eu já cantei no ‘Show de Verão’. Por que a Portela não pode vir para o Vivo Rio, encher o Vivo Rio e cantar a Portela? A Portela, cheia de sambas lindos, tem tanto repertório maravilhoso e aí fui atrás, né? Enfim, fui atrás de todo mundo, todos esses nomes que você pode imaginar e não consegui. Aí foi me dando um principiozinho de tristeza, aí eu falei, poxa, e aí? Não vou fazer? Mas aí pensei, a Portela tem grandes artistas, nós temos grandes referências. Mas o coração da Portela é a Velha-Guarda, a Velha-Guarda pode estar? Pode. O elenco show pode estar? Pode. O puxador? Pode. A bateria? Pode. Dali eu fui, comecei a convidar pessoas que a princípio eu não imaginaria que pudesse aceitar, mas as pessoas foram aceitando. Eu consegui fazer o elenco, é a primeira vez que eu produzo um show, cara e eu não sou herdeira, eu sou moradora da Vila da Penha, saca? Não tenho dinheiro guardado em poupança, não sou rica, estou lutando aí, estou com 25 anos de carreira lutando. A primeira vez que eu produzo um show é para minha escola. Eu estou feliz pra caramba, ainda não caiu a ficha de que a gente conseguiu fazer isso. A gente conseguiu cantar o que a Portela tem de bonito. Eu não vou nem falar tudo não, porque ainda tinha mais samba para cantar, porque se fosse tudo hoje as pessoas não iam aguentar” explica a cantora orgulhosa de tudo o que realizou.

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Demonstrando um imenso sentimento de felicidade, Teresa Cristina afirmou ter aprendido muito produzindo o show para a Portela e deseja que a escola leve a sua força ancestral para a Sapucaí:

“Eu acho que a Portela tem um axé do cacete, porque a gente conseguiu lotar uma casa dessa sem os grandes nomes óbvios que poderiam estar aqui, mas a gente fez e deu certo pra caramba. Eu estou felizona e acho que eu posso realizar coisas maiores também para a minha carreira, sabe? Isso me ensinou muito. Hoje eu aprendi coisa pra caramba. Eu aprendi que o coração da Portela é Velha-Guarda mesmo de verdade e é a partir dela que tudo que vai se organizando, entendeu? Porque ela, que puxa os ancestrais, falar no nome das pessoas, estão fazendo um show e gritar os nomes dos ancestrais portelenses. Chamar esse povo para ajudar a gente a ganhar de novo. A gente já foi muito vitorioso e esse povo deve estar na maior gana. Tem que gritar o nome dessa galera e a gente gritou, cantou repertório maneiro, astral bom, dancei para caramba e espero que esse axé, que essa energia vá para a escola, vá para o desfile. Todo mundo aqui cantou de graça. Isso aqui é para dar dinheiro para a escola, é para a escola conseguir botar um bom carnaval e eu espero que a gente entenda que a gente tem essa coragem e que a gente faça outro show desse ano que vem”, ressalta Teresa Cristina.

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A cantora conta que não tem boas lembranças do carnaval do ano de 2023 da Portela, carnaval que tinha como enredo a comemoração dos cem anos da escola, mas na avenida não agradou e terminou na 10ª colocação e gerando um sentimento de frustração para muitos portelenses, inclusive para Teresa Cristina:

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“Esse ano é o verdadeiro centenário da Portela, o centenário festejado no ano passado, o meu cérebro já apagou. Aquele Saci sem pé, entendeu? A gente tem carnavalescos espetaculares, o André e o Gonzaga, a gente tem um samba, a gente tem um bom intérprete, a gente tem um enredo que é a cara da história do Brasil”, disse Teresa.

Para diversos participantes do show, a Portela merece uma comemoração como a que aconteceu no Vivo Rio. A relevância cultural e história da escola para o carnaval e para a cultura do Brasil é uma unanimidade inquestionável para todos os presentes no evento.

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“A gente acha que a escola merece, inclusive, um evento como esse anualmente, com grandes artistas. A Portela tem uma história, tem uma tradição, tem um público, é uma das escolas mais queridas. E a Portela merecia um evento como esse para exaltar a escola, para ajudar a arrecadar fundos para o carnaval, que a gente sabe que são muitos gastos. E a Tereza é uma pessoa que carrega a Portela consigo para onde ela vai. Então a gente juntou a fome com a vontade de comer. A Teresa tem um conhecimento musical sobre o samba que é muito vasto, então fazer essa curadoria seria algo muito natural para ela e aí, diante de tudo isso a gente tinha basicamente a receita para fazer um grande show. Um show repleto de muita Portela, um show da Portela, cantando a Portela, porque tem muito que ser cantado. E a gente está dando o pontapé inicial para que isso se repita. Se isso vai acontecer ou não, aí eu não sei. Mas, eu acho que a Portela merece. Eu tenho certeza de que a Teresa também acha. O intuito de fazer isso é começar um movimento para que isso se torne um evento que entre no calendário da escola e também no calendário do carnaval do verão do Rio”, afirma Artur Brandão, empresário de Tereza Cristina.

Para os componentes e diretoria da escola, o significado em estar presente e realizando um evento desse porte nos cem anos da Portela é pura emoção.

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“É a história da Portela sendo contada por grandes artistas portelenses e a gente fica muito feliz, o público está vindo brindar a história da Portela, que se confunde com a história do próprio Carnaval. E eu jamais esperaria estar onde eu estou, no ano do centenário, fazendo parte da diretoria da escola. Mas fico muito feliz, eu que estou na escola desde criança, meu pai foi presidente. Acredito que a Portela tem que ir caminhando, se renovando e que a gente consiga deixar um legado bem bacana para que nos próximos cem anos a Portela continue brilhando aí”, afirma Júnior Escafura, vice-presidente da Portela.

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“É uma honra, é um momento expressivo da escola, fazendo 100 anos. É uma data comemorativa demais para a Portela e eu fico muito honrado de estar podendo ser a voz da escola nesse momento, estou com a felicidade a milhão. Já que estou escrevendo o meu nome em mais uma grande história da nossa escola, uma grande história da Portela, completando cem anos, não são cem dias, mas cem anos. Fico feliz de poder participar disso”, disse Gilsinho, o intérprete da escola.

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O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marlon Lamar e Squel Jorgea, se dizem honrados em defender o pavilhão da Portela que entrará centenário na Sapucaí esse ano. Squel que voltou ao carnaval e está estreando na Portela, se sente privilegiada em viver esse momento:

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“Para mim é uma honra imensa ser a porta-bandeira da Portela. E a Portela centenária é de uma responsabilidade muito grande. É uma ancestralidade gritando, pulsando. E você ser responsável em conduzir essa história e esse pavilhão tão amado, tão idolatrado por seus torcedores. Para mim, é uma honra. Eu estou me sentindo muito privilegiada, quando o Escafura me ligou e falou tanta coisa bonita para mim, ter ouvido as palavras que eu ouvi e ele falando que viam em mim a pessoa para dar conta dessa responsabilidade, deixou o meu coração cheio de alegria e de muita responsabilidade. Estamos trabalhando para dar conta de sustentar essa energia centenária” afirma Squel.

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“É muito difícil achar uma palavra que descreva a satisfação que é defender a Portela. E mais especial ainda, ser o ano do centenário, a primeira escola centenária do carnaval brasileiro. A Portela faz parte da minha vida, eu acho que fora da pista, fora da Sapucaí. E é um privilégio imenso estar defendendo o pavilhão oficial da escola. Ir para o oitavo ano numa escola muito família e estar ao lado da Squel, que para mim é uma das maiores porta-bandeiras do Rio de Janeiro e do carnaval brasileiro, e passar pelo que a gente passou e agora retornar com essa força total que a Portela está, para mim é como se fosse uma fênix ressurgindo das cinzas e dando a volta por cima, sacudindo a poeira. E eu não tenho dúvidas de que vai continuar sendo esse romance, esse filme com um final feliz, porque defender a Portela é defender o carnaval, acredito que a história da própria Portela e a história do Carnaval se entrelaçam. Quando eu defendo o pavilhão da Portela, eu defendo a bandeira do carnaval, isso para mim é inestimável, é difícil achar uma palavra só que descreva a grandiosidade da minha vida”, conta Marlon.

Apresentando o pavilhão da águia centenária ao público no show, o casal deseja que outras escolas de samba também tenham a oportunidade de serem louvadas como a Portela foi no palco do Vivo Rio:

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“Eu acho que todas as escolas de samba merecem esse espaço, o carnaval precisa ocupar esses grandes palcos da nossa cidade, do Brasil, do mundo. É super digno, é um evento válido para quem não consegue ir até a quadra ter um pouco dessa alegria, um pouco de acesso à nossa cultura. É importante acontecer esses eventos. É o maior movimento cultural popular do Brasil, eu acho que você só engrandece a cultura como um todo, você só engrandece o sambista como um todo, você valoriza de fato uma cultura não só regional, mas de fato brasileira. Eu fico extremamente feliz quando acontecem esses eventos como está acontecendo aqui hoje”, ressalta a porta-bandeira.

“Como a Squel colocou, acho que todas as escolas tinham que ter essa oportunidade, todas as escolas precisam dessa visibilidade e isso é bom para o carnaval de modo geral, para esse espetáculo continuar sendo o que ele é”, afirma o mestre-sala.

Privilegiada e honrada também está a rainha da Tabajara do Samba, a bateria da Portela. Bianca Monteiro, que é cria da escola, sendo uma rainha passista, vê sua história se confundir com a da agremiação:

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“Eu acho que é difícil hoje encontrar uma palavra, até porque como eu estou vivendo isso ainda, encontrar uma palavra que define tudo isso é difícil, mas eu acho que é uma emoção muito grande por toda a minha história, por todo o meu legado, por acreditar nisso, acreditar que o meu sonho um dia poderia ser realizado, está sendo realizado, então acho que poder estar no centenário dessa escola tão forte, tão emocionante, com tanta história, com tantos compositores, com tantos artistas que a Portela tem é uma honra, um privilégio, só gratidão mesmo”, afirma a rainha que afirmou que sentia falta de um evento louvando a existência da Portela.

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“Eu fiquei muito feliz em ver essa iniciativa da Tereza Cristina. Eu sempre senti falta disso, ver portelenses cantando Portela, exaltando a sua escola, defendendo a sua bandeira. Eu falo que existem vários artistas que defendem essa bandeira da Portela, somos nós que fazemos o desfile, que estamos ali se dedicando, e também os artistas que levam o nome da Portela para fora, assim como Tereza Cristina, Zeca Pagodinho e outros grandes artistas também, e a gente precisa de todos eles. A gente não pode deixar a história morrer, a gente tem a nossa Velha Guarda que é muito atuante dentro da escola e também fora, as pessoas querem ver a Velha Guarda cantando, e mesmo com a falta do seu Monarco, você vê que ainda se mantém essa árvore de pé. Então, hoje eu estou muito feliz, meu coração está muito feliz em ver isso. Eu sentia falta disso. Acredito que no centenário é uma iniciativa maravilhosa”, revela Bianca.

Os artistas convidados demonstraram no palco a paixão pela Portela. No início da apresentação do elenco show, todos os cantores convidados sambaram ao som de sambas antológicos da escola como “Lendas e Mistérios da Amazônia” de 1970,“ Contos de Areia” de 1984, entre outros.

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“Eu sou Portela, graças ao Hermínio de Bello de Carvalho e ao Paulinho da Viola. Logo que cheguei da Bahia para São Paulo, vim para cá e um dia eu encontrei com o Hermínio e o Paulinho, ali onde tinha o Cine Veneza. O Hermínio e o Paulinho moravam ali. E aí eu virei Portela, foi assim, foi um rio que passou na minha vida, literalmente. Eu adoro o carnaval, eu acho uma beleza, tudo que apresenta para a gente, tudo que eles fazem e que as escolas fazem é uma coisa que só existe aqui. E eu fiquei Portela e sou Portela, torço para a beleza do carnaval, mas eu quero que a Portela ganhe”, conta a cantora Simone, que pediu ao presidente, Fábio Pavão, para desfilar no chão, ao lado da bateria e com uma camisa da escola.

“A Tereza é uma pessoa que eu amo, respeito, e ela me fez o convite, e como não dizer sim, né? Eu queria de todas as maneiras, e que bom que calhou de ser em um dia em que eu não tinha nenhum compromisso, aí o compromisso era com eles”, conta Simone sobre se apresentar no evento em comemoração aos cem anos da Portela, onde cantou o clássico “Portela na Avenida”.

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A Portela é a maior campeã do carnaval da história do carnaval carioca e a primeira escola de samba a completar cem anos. Outro dado importante relacionado a isso é que um compositor portelense também se tornou o maior vencedor de samba da história da Portela. Wanderley Monteiro se diz grato pelo feito, mas não esquece quem veio antes dele.

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“É uma satisfação muito grande a gente chegar a esse número. Pela escola que a gente ama e sempre torceu. É um feito que a gente nunca pensou, nunca imaginou. Eu cheguei na Portela para ganhar um samba enredo e as coisas foram acontecendo naturalmente, então me sinto muito feliz. A gente até passou o Noca da Portela e o David Correai, mas eu só passei esses caras no samba-enredo, porque no serviço que eles prestaram ao samba e à música popular brasileira, estou muito longe de alcançar. Mas é uma satisfação pessoal muito grande, muito legal pela minha escola. Ah, e o outro feito aqui, eu estou muito feliz de estar aqui neste show que comemora os cem anos da Portela, porque a Portela é uma escola muito grande. A Portela é um patrimônio do Brasil, então esse show tinha que acontecer. Acredito que esse show. Tem que entrar no calendário da cidade todo ano. Tem que ser um show da Portela, desse nível. Então, eu me sinto muito lisonjeado em estar participando deste elenco”, conta Wanderley, autor de oito sambas-enredo da Portela.