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‘Zerei a Vida’: João Vitor Araújo celebra seu primeiro título com a Beija-Flor em homenagem a Laíla

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O Carnaval de 2025 ficará marcado na história da Beija-Flor de Nilópolis não apenas pela conquista do título, mas também pela homenagem a um dos maiores nomes do samba: Laíla. O enredo “Laíla de Todos os Santos, Laíla de Todos os Sambas” trouxe à tona a trajetória desse grande diretor de carnaval e foi o cenário perfeito para o primeiro título de João Vitor Araújo no Grupo Especial. O carnavalesco, ainda eufórico com o sucesso, fez um balanço do desfile e da sua caminhada na agremiação, refletindo sobre a vitória e o significado dessa conquista.

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Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO

“Estou feliz demais com esse desfile, estou feliz demais de ver a comunidade de Nilópolis feliz”, declarou João Vitor.

Seu primeiro título no Grupo Especial, com a Beija-Flor, chegou com um peso simbólico imenso, já que o enredo foi uma justa homenagem a Laíla, ícone do carnaval e diretor que passou anos dedicados ao Sambódromo e à escola de Nilópolis. Ao refletir sobre o que significou ganhar o título com um enredo tão significativo, João Vitor afirmou com humildade.

“Ganhar meu primeiro título no Grupo Especial, com Laíla como enredo, é uma honra muito grande. Posso dizer que zerei a vida”, disse o carnavalesco.

Sua trajetória na Beija-Flor, que começou com grande expectativa, agora atinge um marco importante. A vitória é não apenas o reconhecimento do seu trabalho, mas também um tributo à história da escola e de Laíla, que, embora não esteja mais à frente da direção de carnaval, segue sendo uma referência para todos no samba. Para João Vitor, a vitória não é um ponto final, mas um novo impulso para seguir evoluindo.

“Sempre aprimorando, ninguém está pronto. Cada ano é um ano; a cada ano a gente busca melhorar e fazer coisas melhores, coisas diferentes. Cada ano é um ano”, destacou João.

A busca constante por inovação e excelência é algo que o carnavalesco leva a sério, já que, a cada carnaval, a pressão para superar os próprios limites cresce, assim como as expectativas, tanto da comunidade quanto dos apaixonados pelo carnaval. E foi durante a montagem da escola que João Vitor teve uma percepção importante sobre o desfile que estava por vir.

“Teve um dia em que eu olhei a escola pronta e pensei: a gente pode ser campeão. Isso é muito bom. É uma sensação brilhante”, revelou o carnavalesco.

A visão do desfile montado, com cada componente no lugar certo e cada alegoria dando vida ao enredo, foi o momento de consagração do trabalho realizado. Agora, com o título e a sensação de dever cumprido, João Vitor Araújo já começa a planejar o próximo desafio: seguir elevando o nome da Beija-Flor e celebrar o legado de Laíla que, com seu nome imortalizado no samba, permanece uma inspiração para todos.

O sucesso de 2025 é, portanto, apenas o começo de uma jornada que promete ainda mais conquistas para a Beija-Flor de Nilópolis e para João Vitor, que agora é parte indiscutível dessa grande história.

Thuane Werneck recebe croqui e inicia preparação como destaque da Unidos de Vila Isabel para o Carnaval 2026

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A Unidos de Vila Isabel recebeu Thuane Werneck, rainha do carnaval 2025, para a entrega oficial do croqui da fantasia que ela irá utilizar como destaque no desfile de 2026. O encontro aconteceu no barracão da escola e marcou o início da preparação da sambista para mais um carnaval. Profissional da área de saúde e técnica de enfermagem, Thuane construiu sua trajetória no samba desde a infância, quando desfilou pelas alas mirins da agremiação. Com carisma, entrega e forte ligação com a comunidade, ela conquistou o título de Rainha do Carnaval do Rio de Janeiro em 2025, representando com orgulho a Unidos de Vila Isabel na Corte Real.

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Foto: Divulgação/Vila Isabel

Depois de um Carnaval marcado por sua energia contagiante e presença imponente na avenida, Thuane retorna agora com a missão de brilhar como um dos destaques da escola. A fantasia que recebeu nesta sexta dialoga diretamente com o enredo preparado pela Vila para 2026.

Thuane celebrou o retorno e falou sobre a emoção do momento. “Já estou na correria, ensaiando com a Vila Isabel. É um prazer enorme poder voltar à escola que me fez Rainha do Carnaval e que foi a primeira em que desfilei. Comecei na Herdeiros da Vila, lá em 2009, e depois me tornei passista da escola mãe. No ano passado, vivi o carnaval de uma forma diferente, e agora retorno como destaque. Acabei de ver a fantasia e estou muito animada, muito empolgada – acho que vai ser um trabalho lindo. Estou com a expectativa lá em cima! Apesar de ter um medinho de altura, já adianto um spoiler: o lugar é bem alto. Mas estou muito feliz e honrada com essa oportunidade”.

Para 2026, a Unidos de Vila Isabel apresenta na Marquês de Sapucaí o enredo “Macumbembê, Samborembá: Sonhei que um sambista sonhou a África”, desenvolvido pelos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora, com pesquisa de Vinicius Natal. O enredo reverencia a arte, a ancestralidade e o samba por meio da memória e da obra de Heitor dos Prazeres, ícone fundamental da cultura popular brasileira.

Tatuado no corpo e na alma: a final de samba da Mocidade que virou símbolo de paixão

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Além da escolha da obra que embalará a homenagem a Rita Lee, a final de samba-enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel contou com ações que chamaram atenção do público, como estandes de massagem, maquiagem, cabelo e um que bombou muito: o de tatuagem gratuita, comandado por Renato Nascimento, o Renatinho Tattoo, famoso tatuador que é cria de Padre Miguel. Com fila e senhas distribuídas ao longo da festa, os torcedores puderam eternizar na pele símbolos da escola em flashes como a Estrela Guia da Mocidade, o mascote castorzinho, a palavra “Mocidade”, além de referências ao enredo de 2026, como uma guitarra, uma mãozinha de rock e os icônicos óculos de Rita Lee.

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Renatinho contou que não costuma tatuar em eventos, mas abriu uma exceção especial para a Mocidade.

“Sou muito torcedor da Mocidade. Sou cria de Padre Miguel. Já trabalho como tatuador há 23 anos, por isso muita gente da área me conhece. Não costumo fazer tatuagem em muitos eventos, só quando é algo especial. Achei que meu estande não ia ficar tão cheio, mas me surpreendi. Foi gigantesco, e gostei de ver a galera saindo toda tatuada por aí”, disse o profissional.

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Escola de samba de Guaratinguetá prestigia a festa

Entre os que encararam a agulha estava um grupo de amigos que veio de São Paulo e faz parte da Acadêmicos do Campo do Galvão, escola de samba de Guaratinguetá. A bateria deles, a “Ritmo Quente”, tem como madrinha a tradicional “Não Existe Mais Quente”, da Mocidade. A engenheira mecânica Thawany Santos, 28 anos, madrinha da Ritmo Quente, destacou a ligação com a escola carioca.

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“Nossa bateria foi convidada pelo Mestre Dudu para prestigiar o evento. Tanto a Padre Miguel quanto a Não Existe Mais Quente são nossas madrinhas. É um amor imenso! No desfile de 2024, completamos 50 anos e homenageamos a Mocidade no nosso enredo, com um sample no samba, e a nossa bateria saiu vestindo um terninho que continha o símbolo da verde e branca. Esse amor é coletivo: meu e de toda a nossa escola”, contou.

Sobre a tatuagem escolhida, Thawany disse: “Eu e meus amigos vamos fazer a mesma estrela no antebraço, simbolizando nossa amizade e também a Estrela Guia da Padre Miguel”.

Ao lado dela, a amiga e diretora de chocalho da Ritmo Quente, Ticiana Marcolino, 34 anos, também fez questão de participar.

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“Tenho a honra de ser a primeira diretora mulher da minha escola. Nossa ala é quase 100% feminina e é o orgulho da nossa bateria. Viemos de van de Guaratinguetá para cá e já sabíamos da ação. Decidimos fazer juntos a Estrela Guia como homenagem à nossa madrinha e também como símbolo de união”.

O amigo do grupo, Jefferson Araújo, 31 anos, aproveitou para tatuar a estrela da amizade e defendeu a tatuagem como forma de expressão.

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“É a primeira vez que venho à Mocidade, a convite das meninas, e estou gostando muito. Aproveitei para fazer a tattoo de amizade. Acho ótimo quando eventos promovem tatuagem de graça, porque quebra preconceitos. É uma questão cultural. Ações como essa aproximam a população da arte de tatuar, o que acaba tirando esse paradigma de que pessoas tatuadas não prestam. Vi pessoas de todas as idades na fila. Eu mesmo tenho várias tattoos feitas em eventos”.

Tradição passada de pai para filho

Esse espírito de união também esteve presente em outra tatuagem coletiva da noite. Paulo César, 66 anos, cria de Padre Miguel, desfilante da Mocidade desde os 14 anos, decidiu marcar na pele a palavra “Mocidade” ao lado do filho, o passista Diogo Nunes, 35 anos.

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“O ar que eu respiro é Mocidade. Meu sangue é verde e branco. Sou Padre Miguel raiz, sou independente de coração, e já queria tatuar algo da minha escola há um bom tempo”, declarou Paulo.

Diogo completou: “Já estou na escola há 22 anos. Amo a Mocidade e escuto os sambas todos os dias. Essa tatuagem com meu pai foi muito especial. O sangue é verde e branco igual ao dele”.

Amor à escola estampado na pele

Morador de Padre Miguel, Wellington Cafaro, 25 anos, escolheu tatuar “Mocidade” no pescoço.

“Eu sempre quis fazer uma tatuagem para homenagear a escola. Aproveitei que tinha a opção com o nome e fiz logo no pescoço, para todo mundo ver. É a primeira vez que vejo uma iniciativa assim, estou achando um espetáculo”.

Seu marido, o advogado e coreógrafo Rodrigo Avellar, 46 anos, também não deixou passar a oportunidade.

“Sou sócio-proprietário da escola, vivo aqui. Quando vi que tinha a opção com o nome da Mocidade, falei: ‘É hoje que vou eternizar minha escola na pele’. É uma ação que democratiza a tatuagem, porque nem todo mundo tem condições de pagar. E ainda feita pelo Renatinho, que é super famoso em Padre Miguel e no Brasil, tatuando várias celebridades”.

Já o assistente administrativo Rodrigo de Araújo, 33 anos, morador de Bangu, que também tatuou o nome Mocidade no braço, contou que foi surpreendido pela iniciativa.

“Não sabia que teria tatuagem. Foi uma surpresa. A Mocidade sempre inova. O amor à escola é parte da minha vida e da minha família, e eternizar isso na pele foi emocionante”.

Vila Isabel leva ensaio no domingo ao Morro dos Macacos

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A Vila Isabel volta a movimentar o Morro dos Macacos neste domingo em um ensaio  carregado de identidade, pertencimento e emoção. A concentração está marcada para às 16h, na quadra do CIEP da Rua Armando de Albuquerque, ponto tradicional de encontro entre comunidade e segmentos da azul e branca. Todos os departamentos estarão presentes para mais uma etapa decisiva na preparação para o desfile oficial.

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Como em todos os anos, o retorno ao berço da escola desperta a força que impulsiona a Vila rumo à Avenida. “O ensaio no Morro dos Macacos é sempre especial. É onde sentimos, de maneira mais profunda, a energia da nossa comunidade. Ensaiar em casa, perto das nossas raízes, fortalece cada segmento e nos lembra por que fazemos carnaval”, destaca o diretor de carnaval, Moisés Carvalho.

Para 2026, a escola do bairro de Noel apresentará o enredo “Macumbembê, Samborembá: Sonhei que um sambista sonhou a África”, desenvolvido pelos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora, com pesquisa de Vinicius Natal. A narrativa mergulha na ancestralidade e na potência criativa do povo negro, celebrando a arte, o samba e a memória do multiartista Heitor dos Prazeres, figura fundamental da cultura popular brasileira e grande influência estética e espiritual do enredo.

Beija-Flor abre temporada de ensaios de rua na Mirandela e recebe o Salgueiro no ‘Encontro de Quilombos’

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A Beija-Flor de Nilópolis abre neste sábado 13 de dezembro, às 19h, sua temporada de ensaios de rua para o Carnaval 2026. O pontapé inicial acontece na Estrada da Mirandela, dentro do tradicional “Encontro de Quilombos”, evento da escola que reúne agremiações coirmãs em Nilópolis.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Beija-Flor

O Salgueiro é a primeira escola a se apresentar com seu enredo especial em homenagem à grande carnavalesca Rosa Magalhães, celebrando sua importância histórica para o Carnaval. Em seguida, a Beija-Flor assume a Mirandela para seu ensaio de rua, encerrando a noite e abrindo oficialmente os treinos rumo ao enredo “Bembé”, desenvolvido por João Vitor Araújo.

Serviço
Evento Encontro de Quilombos – abertura da temporada de ensaios de rua da Beija-Flor
Data 13 de dezembro
Horário A partir das 19h
Local Estrada da Mirandela, Nilópolis
Concentração Altura da Rua João Evangelista

Rainha de bateria da Acadêmicos de Niterói revela sua filosofia leve e equilibrada para as festas de fim de ano

Rainha de bateria da Acadêmicos de Niterói, Vanessa Rangeli entra no clima das festas com um recado claro: no Natal, ela não faz restrições. Dona de uma rotina disciplinada ao longo do ano, a musa afirma que a data é momento de celebrar sem culpa, sempre com equilíbrio. Conhecida pela dedicação ao samba e aos cuidados com o corpo, Vanessa explica que o segredo está na constância dos hábitos saudáveis, e não na restrição extrema.

“Eu não faço dieta no período de Natal, essas coisas, entendeu? Mesmo trabalhando com a imagem e com o corpo, eu acho que não é o momento de ficar fazendo dieta ou comida adaptada”, afirma.

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Foto: S1 Fotografia/Divulgação Niterói

A rainha reforça que, por manter um estilo de vida equilibrado durante todo o ano, as celebrações não comprometem seus resultados. “Como o meu ano inteiro é saudável, eu já faço atividade física, então não vai ser o Natal ou o réveillon que vai estragar tudo. Meu organismo já é adaptado a uma boa alimentação, então eu não como tudo que vejo pela frente. Eu nem consigo”, destaca.

Com a agenda agitada da escola e a proximidade dos ensaios técnicos e o desfile, Vanessa mostra que é possível conciliar disciplina e prazer à mesa e que viver o Carnaval com energia também passa por respeitar momentos especiais como as festas de fim de ano.

Unidos da Tijuca promove a festa da bateria ‘Pura Cadência’ no domingo

No domingo, dia 14 de dezembro, a partir das 13h, ritmistas das agremiações do Rio de Janeiro têm um encontro marcado na quadra da Unidos da Tijuca. Mestre Casagrande e os componentes da bateria “Pura Cadência” promovem a Festa da Bateria durante a última edição da Feijoada Nota 10 do ano de 2025.

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Foto: Julie Abreu/Divulgação Tijuca

O evento, que visa confraternizar ritmistas receberá as baterias das coirmãs Imperatriz Leopoldinense, Acadêmicos do Salgueiro, União da Ilha, Unidos de Padre Miguel, São Clemente, Vizinha Faladeira e claro, a Pura Cadência, apresentando seus sambas antológicos e seus hinos do próximo carnaval. Para esquentar os tamborins, os alunos dos projetos da Oficina de Percussão Pura Cadência e Bora Batucar pra Ser Feliz mostrarão o que aprenderam ao longo do ano.

A feijoada poderá ser degustada por apenas R$ 30,00 e a quadra possui ampla variedade de alimentação. A entrada é franca até 17 horas, retirando a cortesia no Sympla. Os ingressos de pista antecipada custam R$25,00 (duplo). Mesas com 4 lugares e 4 convites custam apenas R$ 80,00 (1º lote). Quem optar por camarote poderá adquirir o superior para 10 pessoas por R$ 200,00 e o inferior por R$ 150,00, com ingressos inclusos. O público poderá comprar os ingressos antecipados on-line através do site Sympla, no televendas 21 98165-1753 ou na bilheteria, durante o evento.

A quadra da escola fica situada à Avenida Francisco Bicalho n° 47 – Santo Cristo. Há estacionamento amplo no local (gratuito).

Serviço:
Feijoada Nota 10 – Festa da Bateria Pura Cadência
Data: 14/12/2025
Horário: 13h
Atrações: Abertura Oficina de Percussão Pura Cadência e Bora Batucar Pra Ser Feliz
Baterias convidadas: Imperatriz, Salgueiro, União da Ilha, Unidos de Padre Miguel, São Clemente e Vizinha Faladeira
Vendas Antecipadas: https://www.sympla.com.br/evento/pagode-do-mestre-feijoada-nota-10-festa-da-pura-cadencia/3228479
Endereço: Avenida Francisco Bicalho nº 47 – Santo Cristo
Classificação: Livre

Com ‘empurrãozinho’ de Dodô Ananias, Rafael Tinguinha comemora chegada a São Paulo

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Roosevelt Martins Gomes da Cunha, popularmente conhecido como Pixulé, marcou época no carnaval paulistano. Entre 2018 e 2024, ele foi o intérprete oficial do Barroca Zona Sul – e sempre foi tratado como um dos melhores comandando um carro de som em toda a cidade. Para substituí-lo, a agremiação alçou a tal posto uma dupla: Cris Santos e Dodô Ananias. Em 2026, a agremiação terá outra dupla: Douglas ficou e Rafael Tinguinha chegou à verde e rosa. Em entrevistas concedidas na apresentação do samba-enredo do Barroca Zona Sul para 2026, os dois falaram sobre o novo dueto ao CARNAVALESCO.

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Convite

O 2025 de Rafael Roberto dos Santos, popularmente conhecido pelo primeiro nome e pelo apelido Tinguinha (por ser filho de Tinga, consolidado intérprete do universo das escolas de samba) teve um grande baque: o rebaixamento da São Clemente, escola que defendeu em 2025, à Série Prata do carnaval carioca – deixando de desfilar na Marquês de Sapucaí pela primeira vez desde a construção do Sambódromo.

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Fotos: Will Ferreira/CARNAVALESCO

Se o resultado da agremiação não foi o adequado, o desempenho dele agradou. Renovado com a escola do bairro de Botafogo, ele chamou atenção na outra ponta da Via Dutra. Ele mesmo explica: “Minha troca com a diretoria e a escola aconteceu naturalmente. Depois de cair a São Clemente, tiveram uns rumores sobre vir para São Paulo e o presidente Cebolinha me convidou, inclusive quero agradecer a ele pelo convite pois estou muito lisonjeado“, destacou.

Empurrãozinho

Diz o ditado popular que quem tem amigo não morre pagão. E uma das amizades construídas por Rafael Tinguinha na Cidade Maravilhosa foi Dodô Ananias. O próprio intérprete que irá para o segundo ano no Barroca Zona Sul explica: “O Rafael é um amigo pessoal. Para quem não sabe, eu sou gaúcho – mas moro no Rio de Janeiro há oito anos. Desde o início, quando eu comecei a morar no Rio de Janeiro, ele foi uma das pessoas que mais me acolheu, que mais me abraçou”, relembrou.

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Quando o presidente barroquense afirmou que queria novamente ter dois cantores, a indicação foi feita: “O presidente Cebolinha levantou alguns nomes nesse ano quando ele decidiu manter uma dupla de intérpretes, inúmeras possibilidades. E eu, de antemão, recomendei o nome do Rafael Tinguinha. Nós somos parceiros, ele é um cara que, assim como eu, está muito afim de trabalhar”, prometeu.

Debutante

Desde 2010 como cantor do carro de som do pai, Rafael Tinguinha assumiu o comando de um microfone principal em uma escola de samba pela primeira vez em 2017, na Lins Imperial – na então chamada Série C, quarto pelotão do carnaval carioca. Com a agremiação da Zona Norte carioca, chegou à Série Ouro – principal grupo de acesso da Cidade Maravilhosa. Além da São Clemente, também passou por outras escolas de samba tradicionais: Em Cima da Hora, Império da Tijuca e Academia de Samba Praiana – a última da cidade de Porto Alegre.

O intérprete, portanto, nunca tinha cantado em São Paulo. E, em um dia especial, ele foi apresentado de maneira oficial à comunidade da Zona Sul paulistana: “É a minha primeira experiência com o Carnaval de São Paulo como cantor e para mim está sendo muito gratificante. Eu acho que o tempo e as coisas conspiraram para isso, hoje é meu aniversário e a estreia aqui na escola portanto está sendo muito gratificante, devo agradecer a Deus por isso”, destacou – antes de ser parabenizado pela reportagem.

Carinho

Desde quando foram oficializados como intérpretes oficiais do Barroca Zona Sul, Dodô Ananias e Cris Santos eram vistos juntos frequentemente e sempre demonstraram ter muito carinho e apreço um pelo outro. Quando foi falar com a dupla após a apresentação oficial de “Os Nove Oruns de Iansã”, samba-enredo que sagrou-se vencedor do Estrela do Carnaval (organizado e concedido pelo CARNAVALESCO) de 2025, marcou a reportagem o longo abraço dos dois após a entrevista.

Mesmo sem ter obrigação de falar do antigo companheiro de função, Dodô Ananias fez questão de citá-lo: “Eu gostaria também de deixar registrado publicamente o meu muito obrigado ao Cris Santos pela parceria, pelo trabalho que a gente fez em 2025”, finalizou.

Olê olê olê olá! Componentes da Niterói opinam sobre homenagem para Lula no enredo de 2026

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Foto: Thaís Brum/Divulgação Rio Carnaval

O CARNAVALESCO entrevistou componentes da Acadêmicos de Niterói sobre o enredo de 2026. Subindo este ano para o Grupo Especial, oriunda da Série Ouro, a agremiação foi a última a divulgar o tema do desfile e apostou, com ousadia, no elemento político. Com o título de “Do alto do Mulungu, surge a esperança: Lula, o operário do Brasil”, a agremiação mergulhará na trajetória do atual presidente do Brasil.

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“É um enredo maravilhoso, desafiador. O presidente Wallace foi muito ousado no que ele quis propor para a Niterói. Ele não foi mais do mesmo; ele avançou, ele ousou”, disse o advogado Luiz Alves, de 42 anos.

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Advogado Luiz Alves

“A escola veio com um enredo muito forte, por tudo que o Brasil, que o mundo está vivendo. A gente vem mostrar nossa força”, expressou o educador sanitário Cassiano Menezes, de 30 anos.

O motorista Eduardo Teixeira, de 43 anos, também aprovou. “É um tema muito propício, pois mostra a história de muitos brasileiros, principalmente o povo nordestino que veio pro Sudeste tentar melhorar de vida. É um enredo super atual e um dos melhores que tem (da safra de 2026)”, colocou ele.

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Motorista Eduardo Teixeira

O também motorista Amarildo Rodrigues, de 61 anos, por outro lado, mostrou ressalvas: “É um enredo muito polêmico, devido à situação atual que o país está passando, mas a gente tá com fé que vamos conseguir permanecer no Grupo Especial”.

Para Amarildo, o tema pode gerar uma desconfiança do público, dificultando a simpatia popular para com a escola ascendente.

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Motorista Amarildo Rodrigues

“Cada um pensa de uma forma e a gente nunca está na cabeça das pessoas, de modo que a gente teme alguma retaliação do público bolsonarista. É coisa que pode ser superada ao longo do tempo até chegar o carnaval, com certeza”, avaliou o folião sexagenário.

“O enredo vai enfrentar o preconceito de uma parte do público sim, não tem como, mas a maioria dos sambistas ama o presidente Lula, por tudo que ele fez no país desde 2002 até 2010 e agora”, opinou Luiz.

Eduardo compartilha da mesma visão. Para o quarentão, o receio aparece quando se trata de qualquer pessoa pública, embora, acredite ele, a população do samba, uma classe sofrida e carente, esteja mais com Lula do que outros setores da sociedade.

Na análise de Cassiano, a biografia de Lula merece ser contada na avenida da mesma maneira que a de Ney Matogrosso, Rita Lee e Maria Carolina de Jesus, enredos da Imperatriz, Mocidade e Unidos da Tijuca, respectivamente.

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Educador sanitário Cassiano Menezes, de 30 anos

“Por que não falar dele?”, questionou o educador sanitário. “Um operário que veio pobre de Pernambuco para São Paulo e chegou onde chegou, vindo a ser presidente da República. É uma história muito bonita, independente de partido político. A gente tem que dar o respeito ao ser humano que ele é”, prosseguiu.

“Na minha opinião, a história dele casa muito com a da Niterói, porque as pessoas já estão achando que a gente chegou e vai cair. Todo mundo achou que ele era um pobre coitado, que ele não ia chegar em lugar nenhum, mas ele veio com a humildade dele e mostrou que ele é o gigante que é hoje”, comparou a agente administrativa Tais Azevedo, de 36 anos.

Para Tais, engana-se quem pensa que a escolha é político-partidária. “A gente não vem focado na parte política do personagem, mas em sua história, na essência do Luís Inácio Lula da Silva. O Lula é uma pessoa que fez a gente acreditar no que a gente é hoje. Eu não poderia fazer uma faculdade, consegui fazer uma faculdade. Eu teria que morrer sendo faxineira e ele mostrou que eu não tenho que ser faxineira. Que eu posso ser o que eu quiser por ter condições de fazer minha faculdade e depois pagar”, disse a jovem.

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Agente administrativa Tais Azevedo

“O Lula tem uma linda história de vida. Veio lá de Garanhuns, nascido em Pernambuco, foi para São Paulo como operário, virou deputado federal, se candidatou à presidência três vezes, foi vice para o Fernando Collor de Mello, duas vezes vice para o Fernando Henrique Cardoso, depois veio a ser presidente da República e, depois de ser preso de forma injusta, voltou à Presidência da República”, complementou Luiz Alves.

O advogado defendeu ainda que o caminho para driblar a possível animosidade do público em relação à escola se dá através do foco na emocionante história de vida do operário que virou presidente. Nesse sentido, ele cita o desfile da Imperatriz de 2016, que homenageou Zezé di Camargo e Luciano.

“Até então, o sertanejo era muito criticado no nosso meio. Eu mesmo tinha um certo preconceito, mas, quando vi a história da dupla, fiquei impactado”, relembrou o profissional jurídico.

Confiante, eles acreditam que a sucinta trajetória da escola, que foi fundada em 2018 e ingressou em 2022 no lugar da Acadêmicos do Sossego na segunda divisão do Carnaval carioca, não atrapalha os planos de se manter no Grupo Especial. Nem mesmo as dificuldades de ser a primeira de domingo a desfilar ou a máxima de que a agremiação que ascende ao Grupo Especial é a mesma a descer no ano subsequente, como vem se repetindo, injustamente, nos últimos anos, são capazes de desanimar os seus foliões.

“A Niterói é uma escola que tem uma comunidade muito forte. Vamos quebrar o tabu que toda escola que sobe desce. Peço a todos que vão à Marquês de Sapucaí assistir à nossa escola que vai abrir o carnaval do Rio”, colocou Cassiano.

“A gente vai levar o título de campeão. A gente está trabalhando para isso, a comunidade abraçou o enredo muito forte, estamos com fila de espera para pessoas que querem desfilar na nossa escola. É uma escola nova, mas que tem uma comunidade muito forte, pessoas que acreditam”, garantiu o educador sanitário.

“Vamos surpreender quem acha que vai subir e descer. Não, vamos brigar para ficar. Vamos fazer um desfile para chegar entre o top 5 do carnaval carioca”, cravou Eduardo.

“É claro que a escola vem como a caçulinha, como novidade, mas espero que a Niterói possa impactar a Marquês de Sapucaí com o seu enredo sobre Lula, que é algo diferente. A Niterói foi além. Ela avançou. Fale bem ou fale mal, mas falem da Niterói”, finalizou Luiz.

Salgueiro recebe Vila Isabel neste sábado

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A temporada de grandes encontros segue com tudo e o próximo ‘Salgueiro Convida’ já está no forno. Neste sábado, a energia vem diretamente da nossa vizinha. A Unidos de Vila Isabel chega no Torrão com todo balanço, irreverência e promete estremecer a Silva Teles com grandes sambas.

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As portas do Torrão abrem as 20h30 com um pagodinho e logo depois a Academia do Samba sobe ao palco com um show completo de seus segmentos. Em seguida, o Povo de Noel promete um show inesquecível com seus maiores sucessos.

SERVIÇO – SALGUEIRO CONVIDA VILA ISABEL
Data: 13/12/2025
Abertura da quadra: 20h30
Endereço: Rua Silva Teles, 104. Andarai.
Atrações: show completo do Salgueiro e apresentação de Vila Isabel.
Ingressos: Guichê Web