O clima segue pesado entre a Prefeitura do Rio e as escolas de samba. Em entrevista ao jornal O Dia, desta quarta-feira, o secretário da Casa Civil, Paulo Messina, homem forte do prefeito Marcelo Crivella, garantiu que a subvenção do Grupo Especial para 2019 será de R$ 500 mil para cada agremiação, com o corte de 50%, e nem cogita voltar ao valor de R$ 1 milhão, como esperam os dirigentes.
“A prefeitura não é babá de evento comercial. Exceto o Grupo de Acesso e o Carnaval da Intendente, as escolas do Grupo Especial têm que se profissionalizar como qualquer grande evento comercial que vende ingressos, a exemplo do Rock in Rio e outros. A prioridade da prefeitura é usar dinheiro público para saúde e educação”, disse Messina ao jornal O Dia.
Vale lembrar que as escolas do Grupo Especial ainda não assinaram o contrato referente aos 500 mil de subvenção para 2019. Elas aguardam uma nova reunião com o prefeito Crivella e o secretário Messina. O presidente da Riotur, Marcelo Alves, ficou de marcar o encontro ainda em 2018, mas pelas declarações do secretário é improvável que a verba volte ao valor de R$ 1 milhão.
Na penúltima plenária do ano, o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, desabafou sobre a relação da Prefeitura do Rio com os desfiles das escolas de samba.
“A Prefeitura quer acabar com o carnaval do Rio? Uma fonte de cultura e geração de empregos para cidade. Não pode ser dessa maneira. Todo ano uma surpresa. Foi com muita surpresa que recebemos a informação do corte da subvenção. Em momento algum, nos foi dito que a verba seria diminuída. Causa muita estranheza agora às vésperas do carnaval a informação do corte”, disse Castanheira”.