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Jurados retiram décimos em sambas de Mocidade e Grande Rio por repetição de melodia e tom baixo em alguns versos

Quesito foi o único em que a campeã perdeu alguma pontuação na avaliação de seu carnaval

O quesito samba-enredo tirou décimos de dois dos sambas mais elogiados no pré-carnaval. As obras que embalaram os desfiles de Mocidade e Grande Rio, perderam respectivamente dois e três décimos, ambas nos mesmos dois jurados, com a principal justificativa de repetição de melodia ou pouca variação melódica em alguns trechos das músicas. Em relação à agremiação de Caxias, vencedora do carnaval, o quesito foi o único que a escola perdeu pontuação fazendo com a Grande Rio terminasse com 269,9 no quadro geral. Samba foi o quarto quesito lido, momento em que a Beija-Flor, que gabaritou esta avaliação, chegou a ficar à frente da campeã.

O jurado Clayton Fábio Oliveira, do módulo 1, deu 9,9 para a Mocidade e Grande Rio. Na justificativa para a Verde e Branca de Padre Miguel, Clayton tirou meio ponto da melodia e criticou o tom baixo do início da cabeça do samba. “(Melodia – 0,1 ) O tom baixo para a pronúncia das palavras nos três primeiros versos da primeira estrofe fica evidente no retorno do segundo refrão quanto o cantor é coberto pelo arranjo, tornando difícil a compreensão da letra”, justificou Clayton.

Já em relação à campeã do carnaval de 2022, Clayton criticou uma semelhança melódica que encontrou entre o refrão principal e o verso “as sete chaves vêm abrir meu caminhar”, alegou Clayton. “(Melodia – 0,1) À partir do vigésimo nono verso a linha melódica da estrofe é muito semelhante a melodia do refrão final e não deixa claro a passagem entre as partes”

Outro jurado que retirou pontuação das duas escolas no quesito foi Felipe Trotta. Para a Grande Rio, Felipe chegou a dar um 9,8 criticando a repetição de frases melódicas como “Fala Majeté” e a modulação da segunda parte do refrão do meio.

“Melodia – Há no samba uma frase melódica que aparece diversas vezes produzindo a sensação de que a melodia não evolui, sempre apoiada na mesma frase (‘Fala Majeté’, ‘Caboclo, andarilho, mensageiro’, ‘O Ifá nas entrelinhas do odus’, ‘malandro da encruzilhada’, ‘Laroyê, laroyê, laroyê’). Essa sensação é reforçada pela pouca variação de acordes do samba, apesar de umas poucas inclinações breves. (-0,1) Apesar disso, o trecho que teria função de contraste (‘Sou capa preta, Tiriri… até ‘…amei a lua, Marabô, Alafiá’) tem uma modulação mal resolvida, resultando em uma afinação imprecisa e pouco clara (-0,1)” , escreveu Felipe.

Em relação ao samba da Mocidade, Felipe Trotta retirou um décimo criticando a repetição de uma estrutura de acordes considerando que o fato contribuiu para que o samba ficasse, segundo ele, sem contrastes no canto e repetitivo.

“A melodia do samba está construída em cima de uma mesma sequência de três acordes fundamentais (Im, IVm, V) , tendo apenas uma parte diferente, depois do primeiro refrão. Mesmo quando vai pro modo maior e o refrão principal, a mesma estrutura de acordes é mantida (I, IVm, V). O resultado é que a música fica ‘plana’, durante todo o desfile, sem contrastes no canto e repetitiva”, alegou Felipe.

Os jurados Alessandro Ventura, Alfredo Del-Penho e Alice Serrano não retiram pontuação dos dois sambas.

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