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MANCHA VERDE É CAMPEÃ DO GRUPO ESPECIAL DE SÃO PAULO EM 2022

A Mancha Verde é bicampeã do Grupo Especial de São Paulo em 2022. Terceira agremiação a passar pela avenida, a Mancha Verde apresentou o enredo “Planeta Água”. A harmonia e o conjunto plástico da escola se destacaram. A escola alviverde fez um ótimo desfile. Apresentou uma ótima plástica, harmonia e levantou o público dentro dos apagões e bossas realizadas pela bateria ‘Puro Balanço’, regida por mestre Guma.

“É uma mistura de sentimentos. A gente perdeu o título em 2020 na nota da comissão de frente e ganhamos em comissão de frente em 2022. Nosso diferencial foi conseguir trabalhar desde 2020. Não abandonamos nossa equipe. Quando você tem amor, ressulta em uma certa hora”, disse o presidente Paulo Serdan.

“A Mancha Verde fez um grande trabalho. O nosso presidente fez de tudo, o possível e o impossível para gente colocar esse carnaval na Avenida”, comemorou o intérprete Freddy Viana.

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Comissão de frente

A ala da Mancha Verde, coordenada pelos coreógrafos Wender Lustosa e Marcos dos Santos, representou “As águas de Oxalá”. Além de muita dança, veio bastante encenada. Dentro disso, aparecem as entidades Oxalá, Exú e Xangô. O orixá Oxalá, andava curvado com um cajado e era cultuado pelas lavadeiras, onde em determinado momento, saía uma espécie de pano ou toalha de dentro de um vaso, passava por cima de Oxalá e fazia uma espécie de culto ao orixá. Enquanto isso, Xangô se movimentava e dançava por todo o perímetro em que a ala se apresentava e, na hora da consagração à Oxalá, ele rodeava as lavadeiras e apontava seus martelos como uma espécie de poder sobre o culto. Já a entidade Exú, também se movimentava por toda a encenação e interagia com o público fazendo caras e bocas.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal Marcelo Silva e Adriana Gomes, representavam Nossa Senhora de Aparecida e o pescador. A dupla optou por fazer uma apresentação técnica. Durante o percurso, o casal preferiu manter a coreografia dentro do samba para os jurados avaliarem. Apenas em alguns segundos, Marcelo e Adriana fizeram a dança do giro no sentido horário e anti-horário. A coreografia foi muito bem executada e eles estavam em uma sintonia total. O jogo de mãos, o sorriso e o bailado mais lentos também foram notórios. Ao todo, a apresentação foi satisfatória.

Harmonia

O samba escolhido caiu como uma luva para a escola e, isso culminou perfeitamente para o andamento do canto da escola. A expectativa que se tinha sobre a harmonia da escola, se concretizou no desfile. Os ensaios perante ao hino foram de extrema relevância e, dentro do desfile, a Mancha Verde conseguiu obter o mesmo sucesso. Sob liderança de Freddy Viana (que completa dez anos de casa e já é extremamente identificado com a comunidade), o carro de som vingou novamente. É impressionante como o cantor intercala e chama a comunidade para o canto. As partes mais cantadas dos sambas são os refrões, onde a melodia jogada para cima e, as rimas com o verbo ‘ar’ predominam. Outra parte muito entoada é a última estrofe, que simboliza o refrão. ‘à terra, deixando o clamor à humanidade, a nobre missão de preservar, nosso futuro, nosso lar’. O apagão da bateria, que aconteceu no refrão principal, foi o ponto alto do desfile. Arrancou muitos aplausos e gritos das arquibancadas.

Enredo

O nome do enredo, “Planeta Água”, já diz por si só o que representa. A importância das águas e tudo o que ela representa. Desde as melhores coisas, até as partes místicas e maus tratos para com ela. Não é um enredo linear. Entretanto, o conceito no começo do desfile, é mostrar o perdão à Oxalá através de um banho de água. Após, ainda dentro da religiosidade, a escola mostrou a religiosidade de Nossa Senhora Aparecida e o pescador, onde a santa foi descoberta no Rio Paraíba do Sul.

Depois, mostra-se as águas dentro da cultura dos índios. Também é citado as lendas que se envolve dentro do imaginário, como a história da sereia Iara. Dentro do desfile, na ala número 6, ainda é pontuado a questão do petróleo derramado nas águas e a poluição e, também, fala de chuva, festança e plantação. O fechamento aborda a chegada das águas ao mar de Netuno, que é o Deus das águas.

Samba-enredo

O samba que foi escolhido ainda em 2020, caiu nas graças da comunidade. Diferente do último carnaval, a escola optou por uma obra de total facilidade de adaptação. Juntamente à bateria Puro Balanço, comandada pelo mestre Guma, o carro de som conseguiu colocar o hino para frente. Sua melodia foi otimamente sustentada. Como dito anteriormente, o intérprete Freddy Viana levantou o astral da comunidade e conseguiu embalar a agremiação alviverde.

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