Com enredo homenageando três dos maiores ícones de sua história, os escolhidos da Estação Primeira de Mangueira foram Cartola, Jamelão e Mestre Delegado. Tendo isso em vista, a velha-guarda da escola realizou um verdadeiro tributo a Jamelão. A ala apresentou dados biográficos do homenageado, deixando muitos mangueirenses saudosos e emocionados.
Em entrevista ao CARNAVALESCO, alguns componentes dessa ala tão querida por todos os sambistas, fizeram questão de relatar um pouco de suas relações com o saudoso intérprete da escola Jamelão.
“Tenho a honra de dizer que conheci Jamelão, fui ao enterro dele inclusive. Ele foi um dos maiores intérpretes que esse mundo já viu. Nós não éramos tão amigos, ele era um pouco ranzinza”, brincou, “Mas sempre que me via, me cumprimentava”, afirmou o senhor Ari Rios, componente da Mangueira há 25 anos.
Também parte da velha-guarda da escola, Iracema da Silva se mostrou bastante emocionada em prestar tal homenagem. Com mais de 30 anos de escola, disse também ter conhecido Jamelão.
“Não cheguei a ter tanta intimidade com ele, mas éramos muito amigos na quadra, nos amávamos. Tenho certeza que não só para mim, mas ele faz muita falta, por isso me sinto muito feliz em poder lhe prestar essa homenagem”.
Roberto da Silva, veterano de Mangueira com mais de 40 anos, também não deixou de contar parte de sua vivência com o homenageado.
“Me sinto honrado por ter conhecido ele, temos muitas histórias. Ele era muito bacana, gente finíssima, só não gostava de dar entrevistas. Me lembro que ele só dava entrevista a quem o pagasse”, riu ao relembrar.
“Confesso que eu tinha um pouco de medo de brincar com ele, já que ele era bem grosso, sempre expulsava a gente. Ele costumava manter sempre uma postura de bastante autoridade, mas ainda sim um querido por todos e gente boníssima”, finalizou.