A bateria Guerreiros de Mestre Dinho fez um bom desfile. A boa afinação de surdos foi notada, com timbre mais grave. O swing proporcionado pelos surdos de terceira contribuíram com a musicalidade da bateria da Unidos de Padre Miguel (UPM). O acompanhamento acima da média das peças leves ajudou na equalização da bateria, além de propiciar equilíbrio ao ritmo. A ala de tamborins tocou de modo coeso, alcançando uma sonoridade uníssona, além de um volume sublime, acrescentando valor musical a bateria da UPM. O naipe de chocalhos obteve uma produção sonora que auxiliou no preenchimento musical da cabeça bateria, assim como agogôs e cuícas ajudaram de forma precisa. As paradinhas possuem elevado grau de complexidade, tendo sido executadas corretamente nos módulos de julgadores.

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A bossa de destaque reúne atabaques fazendo solo remetendo ao toque da Vamunha, além de executarem a batida com duas baquetas, representando o aspecto de valor sagrado envolvendo o Aguidavi, espécie de vareta de percussão para atabaques nos rituais de Candomblé. Com o valor cultural atrelado à sua musicalidade, o desempenho da bateria de Mestre Dinho ocorreu sem eventuais transtornos sonoros diante dos jurados.

A nota musical negativa fica para o som da Avenida logo após a bateria Guerreiros sair do segundo recuo, chegando a faltar retorno sonoro de dentro da pista, além de ter sido evidenciado certo atraso. Entretanto, o problema mencionado não prejudicou a bateria na exibição do último módulo, que se apresentou cantando o samba da escola e produzindo seu ritmo mesmo diante da dificuldade.

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