A Inocentes de Belford Roxo levou para a passarela do samba o enredo “A meia-noite dos tambores silenciosos”, falando sobre as tradições afro-brasileiras que acontecem durante o carnaval pernambucano. Segunda a desfilar nesta noite de quinta-feira, a escola da baixada fluminense trouxe a ancestralidade do povo negro para celebrar a liberdade e a resistência africana.
A ala de passistas da Inocentes veio no segundo setor, sobre a realeza africana, representando as “Saudações ao rei”. Para saudar os reis pretos coroados, os escravos usavam o corpo como forma de expressão: dançavam e se entregavam ao som dos batuques.
A fantasia dos passistas era bem carnavalizada, repleta de cores e laços de fita. A roupa tinha a predominância de tons quentes, como vermelho e laranja, proporcionando um belo contraste com as fitas coloridas no costeiro dos componentes. Na cabeça, um chapéu da mesma tonalidade do restante da fantasia, que trazia ainda algumas penas brancas na parte superior.
Sônia Nunes, 37 anos, funcionária pública, é passista da Inocentes há cinco anos e elogiou a beleza e praticidade da fantasia: “O figurino é muito bom, leve, perfeito. Ótimo para a gente sambar, desenvolver bem e mostrar o nosso potencial, nas pernas, nos pés, no sorriso e cantando o samba-enredo”.
“Perfeita, leve. Suave para dançar, sambar”, declarou Diogo Moraes, 21 anos, bailarino profissional e passista da Inocentes. Jorge Diego, de 33 anos, foi mais um integrante da ala que se mostrou empolgado com a indumentária. “Achei a fantasia muito bonita e muito rica, super leve. Está bacana, gostei muito… Quase dois anos sem carnaval, então a ansiedade é muito grande. A saudade eu só vou matar quando tocar aquela sirene, soltarem os fogos…”.