Não basta apenas uma boa ideia para que o projeto tenha êxito. Foi o que aconteceu com a Porto da Pedra, em 2004, quando apresentou o enredo “Sou Tigre, sou Porto, da Pedra à Internet: O mensageiro na história da vida do leva e traz”, criado e desenvolvido por Alexandre Louzada.
Para abrir o desfile, o coreógrafo Jayme Arôxa criou uma comissão de frente bastante interessante: um carteiro precisava driblar a vigilância de 12 cães enfurecidos para entregar uma carta de amor a uma jovem apaixonada.
O início foi espetacular. A performance arrancava gargalhadas da plateia. Mas, pouco depois, começou a chover. Encharcadas, as fantasias dos animais dobraram ou até triplicaram de peso, exigindo que os dançarinos – posicionados de quatro, caracterizando os vira-latas – tivessem que fazer um esforço muito maior do que o previsto.
De nada adiantou o energético bebido na concentração, nem os ventiladores instalados na casinha onde os cães se recolhiam. À medida que a escola avançava, os animais iam caindo pelas tabelas. Quatro tiveram que abandonar o desfile e um deles precisou ser socorrido no posto médico. As notas dos quatro julgadores mostram como foi o desempenho do grupo ao longo da pista: 10 – 9,8 – 9,6 e 9,3.