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O vampiro histórico no desfile do Paraíso do Tuiuti em 2018. Foto: Ricardo Almeida

O carnavalesco Jack Vasconcelos já passou pela Mocidade, se transferiu para a Tijuca, mas deixou na Tuiuti um mistério que ainda não foi decifrado: o desaparecimento da faixa presidencial do destaque da quinta alegoria, o Vampiro Neoliberalista, que acabou virando a figura central do enredo de 2018, quando a escola de São Cristóvão faturou o vice-campeonato. A faixa verde e amarela sumiu entre a noite da apresentação oficial, no Domingo de Carnaval, e o Sábado das Campeãs.

Apesar de o vampiro interpretado por Leo Morais, assistente de Jack, encarnar o ex-Presidente Michel Temer, ninguém assumiu oficialmente a caracterização, embora a resposta viesse sempre acompanhada de ironias.

Jack explicava que o principal destaque do Neo-Tumbeiro (nome da alegoria que simbolizava o novo navio negreiro) era o líder de uma classe exploradora, que sugava o sangue do operariado – os primeiros ocupavam a parte superior do carro, representados pelos “Vampresários” e “Golpresários”; já os trabalhadores vinham na parte inferior, controlados como fantoches.

Muita coisa aconteceu desde então. Jack afirma que a faixa sumiu mesmo, acreditando que a Escola não tenha sofrido nenhum tipo de censura. Explica que, no figurino oficial, criado semanas antes do Carnaval, havia uma estola verde e amarela, que seria usada em torno do pescoço do destaque. Mas, com o passar do tempo a situação em Brasília foi se agravando de forma tal que, dias antes do desfile, a estola acabou virando uma faixa presidencial – que não voltou no Sábado das Campeãs e nunca mais foi vista…

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