Faltam 21 dias para o carnaval oficial dos blocos e escolas de samba que não vai acontecer em 2021 devido à pandemia da Covid-19. Pensando no ano que vem, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, assinou um termo de compromisso, iniciativa de 18 blocos da cidade, em que se compromete a fazer o maior e melhor carnaval da história em 2022.
“É importante que a gente mobilize esforços para fazermos em 2022 o maior e melhor carnaval da história do Rio de Janeiro. Será um show de celebração, de abraços, de alegria, emoção e da saudável organização carioca. Precisamos de uma atitude, por parte do poder público, de apoio para as pessoas que trabalham no carnaval. Estamos vendo como fazemos os editais de maneira mais simples para que essa indústria possa sobreviver. Vai valer para escolas de samba e os blocos. Contem com a minha sensibilidade e o meu amor por essa festa para que a gente possa organizar o maior carnaval da história e que ao longo desse ano a gente possa ajudar quem vive do carnaval. O poder público vai aportar recursos, temos problemas de finanças, mas a cidade será solidária com quem sustenta a economia do Rio, não só na hora do carnaval, mas durante todo o ano”, disse Eduardo Paes.
Apesar de oficialmente não ter carnaval em fevereiro e a campanha de conscientização dos blocos para que as pessoas fiquem em casa existe uma preocupação por parte do poder público e das autoridades sanitárias com blocos não oficiais e o período de recesso que deve lotar praias e áreas de lazer da cidade.
“Vamos publicar um decreto sobre o Carnaval 2021 em fevereiro. Vamos trabalhar para fiscalizar com a Guarda Municipal e na parceria com a Polícia Militar. A gente espera que as pessoas tenham consciência. Terá o decreto, mas é impossível ficarmos atrás de aglomerações que aconteçam de forma espontânea e irresponsáveis por parte de alguns das partes mais variadas da cidade. A iniciativa dos blocos, a “Unidos pelo Distanciamento”, é muito fundamental para que a gente faça e crie esse processo de consciência”, frisou Paes.
Diferença entre o carnaval e o Rock in Rio
Perguntado sobre a realização ou não do Rock in Rio em 2021, previsto para ter início em 24 de setembro, Eduardo Paes disse que está caminhando para que aconteça o festival, claro, com a vacinação, pelo menos, das pessoas mais vulneráveis.
“Há tempo suficiente para fazer o Rock in Rio. O carnaval é agora em fevereiro. O Rock in Rio a gente apoia e é importante que continue. É um grande evento e até lá vamos estar pelo menos com as pessoas mais vulneráveis totalmente protegidas pela vacina. Estamos em contato permanentemente com a organização. Vamos esperar. Até setembro vamos ter uma situação bem diferente da que temos hoje”, comentou.
Paes explico que existem diferenças significativas na realização do carnaval e do Rock in Rio.
“O carnaval seria impossível fazer agora. Tem uma preparação bem diferente do Rock in Rio. Existe uma demanda por parte dos blocos e escolas de samba de uma realização que não poderá acontecer agora em fevereiro. Tenho certeza que vamos segurar a emoção e a tristeza de não podermos comemorarmos o carnaval desse ano, mas vamos renascer das cinzas”.
Termo pede apoio para fazer o maior carnaval da história
O termo pede também que aconteça um planejamento grande para a realização do Carnaval de 2022. Para essa construção ao longo do próximos meses foi solicitada que tenha uma agenda de trabalho conjunta e contínua para melhorar infraestrutura, segurança, financiamento, comunicação e divulgação do carnaval de rua carioca.
“Precisamos de reuniões regulares com a prefeitura, blocos de rua e empresas do carnaval. Somente a partir do diálogo efetivo no triângulo, artistas, órgãos públicos e iniciativa privada que faremos o maior carnaval da história. Vemos em você prefeito (Eduardo Paes) o aliado que não tivemos nos anos anteriores”, disse Leonardo Zonenschein, sócio e diretor de marketing da Dimona, que lançou uma camisa, em parceria com os 18 blocos da cidade, para a campanha “Unidos Pelo Distanciamento”.
Todo o lucro será revertido para os blocos – ao comprar a camiseta da campanha, a pessoa escolhe o bloco de sua preferência para receber a ajuda. Ou seja, a ideia é que a camisa ajude tanto na amplificação do recado de distanciamento, quanto para ajudar financeiramente àqueles que sofrem sem a renda do Carnaval.
“A gente está aqui pela não aglomeração, a gente acredita em saúde em primeiro lugar. Não dá para gente pensar no carnaval sem antes resolver isso. É muito bonito que todos os blocos queiram falar e amplificar essa ideia através da estampa da camiseta; ‘Gente, não aglomerem, respeito, vamos olhar pro próximo’. Acho que a ideia é justamente essa, além disso, a gente também possibilitar que a venda da camisa possa levar algum recurso para os blocos”, explicou Leonardo.
Os blocos participantes são: Exagerado, Tudo ou Nada, Butano na Bureta, Cordão da Bola Preta, Cordão do Boitatá, Balanço Zona Sul, Toca Raul, Sargento Pimenta, Pede Passagem, Orquestra Voadora, Monobloco, Me Esquece, Empolga às Nove, Toco-Xona, Marcha Nerd, Fogo e Paixão, É Tudo ou Nada e Turbilhão Carioca.
O responsável pela ilustração da camiseta é Rodrigo Habib. Carioca, apaixonado pelas paisagens naturais, a boemia e o samba, já é veterano no design para carnaval. Todos os blocos participantes terão sua marca na camiseta, modelo único.
Para comprar, basta clicar (www.camisadimona.com.br/carnaval21), e escolher o bloco que receberá a doação. Cada camiseta custa R$ 55, e o lucro por peça, após pagamento de impostos, logística e taxas é de R$ 19,52.