Compositores: Muguinho, Alexandre Fernandes, Mattos, Tião Sapê, Pirique, Bianca Ramos e Herbert Silva
Intérpretes: Bruno Ribas, Tiganá e Muguinho
Voa…
Minha Águia, meu eterno amor
À velha África pra revelar
A magia do sagrado Baobá
Vai soberana…
Cruzar savanas sob a luz dos Orixás
Com o azul e branco do seu véu
Ligar a Terra ao céu
Feito a árvore da vida
Nessa avenida encantada
Perfumada de ojás
Peço licença…ofereço a louvação nos rituais
Ê, Saluba ê, Nanã!
Nos alimenta e mata sede deste chão
Atotô meu Pai! Traz a cura pro Aiyê!
Impossível esquecer toda essa devoção
No mar…
Tronco forte enfim chegou
Ao novo mundo… semeou
Floresceu resistência e fé
Igi Osè! A negritude é herança
À sombra esperança, afeto e axé
Suas raízes, são meus ancestrais
Me dão proteção, curam os meus ais…
Chega de intolerância e desilusão
Sob arco-íris do novo tempo
Brotam em seus galhos tantos rebentos…
E a certeza que nós somos todos irmãos
Portela é paixão no Quilombo Madureira
É pura raiz, fruto da jaqueira
Batuque do meu tambor, ninguém jamais vai calar
O samba é forte feito o velho Baobá