Compositores: Guinga do Salgueiro, Marcelo Motta, Fred Camacho, Getulio Coelho, Ricardo Neves, Fabricio Fontes, Ralfe Ribeiro
O morro ainda clama liberdade!
Existe apesar dessa gente
A voz do Salgueiro … PRESENTE!
Onde Calça Larga é resistência
Brilha o olhar de Anastácia
Uma escola de samba com essência
Não tem mordaça e nem senhor
De tantos terreiros, um elo ancestral
Encontra refúgio na Pedra do Sal
Tem fundamento de Candomblé
Omoloko, Axé! Saruê, baiana!
Pro meu Rio de Janeiro Saravá Umbanda!
SOU CORAGEM LÁ DO GUETO
NO TEMPERO DE LUANDA
DIZ QUE É “COISA DE PRETO”
MAS REQUEBRA NO MEU SAMBA
JONGA JONGUEIRO, BATE O TAMBOR
NOSSA CULTURA, NA SAIA RODOPIÔ
Arte que resiste ao “sistema”
Dom de quem desarma o discurso
Poesia contra quem condena
Dita quem carece de recurso
Chega de chorar bala perdida
Chega dessa justiça predisposta
Basta, somos os pais da despedida
Eternos filhos de perguntas sem resposta
Enquanto houver um negro punho erguido
Meu vermelho é a luta dos que tanto já suportam
Aqui vidas negras importam
CASA DE PRETO, REINA XANGÔ!
SALGUEIRO É VERBO DE CALAR FEITOR
RESISITIR É VOCAÇÃO DO MEU LUGAR
SALVE O QUILOMBO DE GUINETO E SABIÁ!