Compositores: Almirzinho, Serginho Aguiar, Liesbeth Nunes, Artur das Ferragens, Sérgio Gallo, Thiago Bahiano, Vitor França e Diego A.S.

Não venha me enganar com simpatia
Romantizar meu sofrimento
Enquanto a Casa Grande silencia
São meus irmãos que estão morrendo
Liberto! Mas condenado à pena eterna
Cidadania subalterna
São invisíveis os grilhões
Do ventre que nunca foi livre à senzala
O samba é lugar de fala, identidade do povo preto
Cansei de ser rei por um dia
Ter minha cota na folia e desprezo o ano inteiro

Oh, mãe baiana, gira saia no terreiro
Oh, mãe baiana, gira saia no terreiro
Malungo, Caxambu é no quilombo do Salgueiro
Malungo, Caxambu é no quilombo do Salgueir

Crueldade! Há quem jogue pedras nos cazuás
Irmandade! Por que o axé ofende, se prega a paz?
Mas quando um de nós se levanta
Com os ‘Louros’ da nossa história
Representa Djalmas, Romanas
O morro, a ‘Glória’
Será que a igualdade te convém?
Não ser melhor e nem pior do que ninguém

Já ganzeei no meu Salgueiro
É resistência do ganzê no ganzeá
Academia na avenida é manifesto
Bota o dedo na ferida que hoje o samba é de protesto
Já ganzeei no meu Salgueiro
É resistência do ganzê no ganzeá
E como diz o velho ditado
Nossa raiz de fato
Nasce em qualquer lugar

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