O clima entre os profissionais do Carnaval é de preocupação. A pandemia afetou toda programação da cadeia produtiva. A roda da folia não acaba na quarta de cinzas. São costureiras, escultores, ritmistas, e demais trabalhadores que estão pedido socorro. Nas redes sociais você pode conhecer o @ritmosolidario para os ritmistas, @bailadosolidario para os casais e o @barracaosolidario para os funcionários que trabalham na Cidade do Samba.

A Liesa coordenou a produção de 130 mil máscaras, ainda projeta um apoio financeiro que pode durar mais um ou dois meses, além de ter doado 10 mil capotes para a rede pública de saúde. A chave do outro lado precisa ser ligada.

É hora das empresas privadas e o poder público olharem para nossas comunidades do samba e os artistas que fazem o maior espetáculo da Terra. O setor do turismo quer hotéis cheios, o poder público quer faturar com o ISS e o ICMS do povo consumidor do carnaval, e, para tudo isso acontecer, quando existir a vacina, é necessário preservar nossos sambistas.

colaboradora

Milhares de iniciativas podem ser criadas. Empréstimo de bancos com juros mínimos, adiantamento da cota de televisão, atividades pelas plataformas digitais com remuneração para os envolvidos e abertura do programa de auxílio emergencial da cultura para os dos informais que trabalham no setor. É urgente que os empresários e governantes olhem por quem produz os desfiles na Sapucaí e na Intendente Magalhães. A pandemia é cruel para todos e os sambistas estão respirando por aparelhos.

  • Texto publicado no jornal MEIA HORA, nesta sexta-feira, na coluna “Espaço do Sambista”.

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